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O Barraco da Faria Lima: Bolsas, Fakes e TikTok

Notas impublicáveis sobre o Condado mais influente da economia brasileira  |  Foto: imagem gerada com IA

Publicado em 16/04/2025, às 06h00   Foto: imagem gerada com IA   Farinha Lima

O Barraco da Faria Lima: Bolsas, Fakes e TikTok

Quando a briga tarifaria entre China e EUA parece ser o maior dos problemas da Faria Lima, duas figuras baianas resolveram transformar o choque de egos em espetáculo, onde os relógios valem mais que algumas carreiras. O palco? O clássico salão de grifes de luxo, claro. A trama? Uma arquiteta baiana de renome — famosa entre dondocas e socialites — e uma vendedora de artigos de luxo, também baiana, dessas que sabe até o DNA do couro, se viram quase aos tapas no meio do desfile de marcas. Tudo começou com acusações recíprocas sobre a compra de produtos de luxo fake, divulgados recentemente no TikTok. A baixaria foi tanta que ninguém sabia se o conflito era sobre falsificação ou sobre egos rachados. O que é certo é que, no final, a única coisa genuína foi a vergonha alheia de quem presenciou tudo.

Startup da Farra

Virou tendência entre a elite jovem baiana: justificar a mudança para São Paulo com um discurso afiado sobre “networking”, “hub de inovação” e “aceleração de carreira”. Mas bastam dois stories e uma pulseira de after para descobrir que o verdadeiro pitch está mesmo no open bar. Filhinhos de papai, ninfetas engajadas no lookinho e herdeiros do nada com diploma pendente se instalam em coberturas alugadas nos Jardins, jurando que vão dominar o mercado — mas dominam mesmo é a balada. De quarta a sábado, o cronograma é sagrado: jantar com uísque japonês, taça de champagne que custa mais que semestre em faculdade pública, academia boutique para manter o shape e afters que só acabam quando o sol já tá batendo na janela. As startups? Só se for de ressaca. O investidor-anjo? O pai, claro. E o pitch mais repetido da semana continua sendo: “pai, transfere mais um Pix aí que o mês virou”.

Multa Gourmet

A Prefeitura de São Paulo aplicou uma multa de quase R$ 200 mil à concessionária que gere o principal parque da cidade por conta de uma praça de alimentação montada sem o crivo dos zeladores oficiais do patrimônio. O espaço, patrocinado por um famoso app de delivery, funcionou por alguns meses em 2021 com quiosques, bancos e mesinhas — tudo no capricho, mas fora das regras. A gestão municipal alega que os órgãos responsáveis não autorizaram a brincadeira. Já a administradora do parque rebate: diz que a área era pra eventos, que ninguém encostou num único azulejo tombado e que vai recorrer com garfo e faca. Afinal, entre o hambúrguer e a burocracia, ficou o indigesto.

Foto: Divulgação

Turno do Terror

A Cor Line Sistema de Serviços firmou um TAC com o MPT-SP após ser flagrada tocando o terrora na UPA de Parelheiros. A empresa, que presta serviços terceirizados em setores que funcionam 24h, foi acusada de submeter funcionários ao regime 12x36 sem intervalo digno. Segundo o procurador Marcelo Freire Sampaio Costa, não havia sequer local de descanso decente. Agora, com o acordo, a empresa terá 30 dias pra botar a casa em ordem. Se repetir a gracinha, a multa é de R$ 2 mil por infração cometida multiplicada pelo número de trabalhadores atingidos.

Foto: Divulgação

Farinha Lima

Semanalmente, a coluna Farinha Lima revela notas impublicáveis sobre o Condado mais influente da economia brasileira — bastidores, personagens e tudo o que acontece, nem sempre de forma republicana, entre cafés artesanais e planilhas abertas na Faria Lima.

Classificação Indicativa: Livre


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