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Ministério Público denuncia seis suspeitos de participar do homicídio de Vinicius Gritzbach; veja quem são

Ministério Público apresentou denúncia contra policiais e civis envolvidos na morte de Vinicius Gritzbach, delator da facção  |  Foto: Reprodução/Redes Sociais

Publicado em 17/03/2025, às 14h26   Foto: Reprodução/Redes Sociais   Isabela Fernandes

O Ministério Público (MP) denunciou, nesta segunda-feira (17), seis pessoas por sua participação direta na execução de Vinicius Gritzbach, um empresário que fazia parte do Primeiro Comando da Capital (PCC), que foi morto em 2024 no Aeroporto Internacional de Guarulhos.

O MP pediu que os mandados de prisão temporária dos suspeitos fossem convertidos em prisões preventivas, ou seja, sem prazo para liberdade. A Justiça ainda não se pronunciou sobre o pedido.

Além da acusação de homicídio, o MP também responsabilizou os envolvidos por outros crimes, como o assassinato de um motorista de aplicativo, atingido por uma bala perdida, e tentativas de homicídio de outras duas vítimas, que se feriram com estilhaços, também no Aeroporto Internacional de Guarulhos.

O MP destacou que os acusados tinham a intenção de matar Gritzbach e assumiram o risco de atingir outras pessoas, já que o assassinato aconteceu em um espaço público movimentado como o aeroporto.

Entre os acusados estão três policiais militares: o cabo Denis Martins, o soldado Ruan Rodrigues e o tenente Fernando Genauro. Eles são apontados como responsáveis pela execução de Gritzbach, sendo que o tenente Genauro teria auxiliado os dois primeiros a chegar ao local do crime e fugir após os disparos.

Além dos PMs, Kauê Amaral, que atuava como "olheiro" do grupo, e os mandantes Emílio Gongorra, conhecido como "Cigarreira", e Diego Amaral, o "Didi", também foram denunciados. No entanto, os três estão foragidos.

A motivação do assassinato de Gritzbach, de acordo com a Polícia Civil, está ligada a vingança, já que ele era suspeito de envolvimento na morte de outros membros do PCC, e também por sua colaboração com a Justiça, entregando informações sobre o tráfico de drogas e a corrupção de policiais.

A denúncia inclui crimes de homicídios e tentativas de homicídios, com os agravantes: motivo torpe, meio cruel, emboscada e uso de arma de fogo de uso restrito. Ainda está sendo avaliado se irão denunciar o grupo por associação criminosa.

A Polícia Civil, junto à Corregedoria da PM, apura se outros policiais militares, que prestavam segurança ilegal para Gritzbach, também têm envolvimento no assassinato.

Além disso, a Polícia Federal está investigando denúncias de corrupção envolvendo policiais civis ligados ao PCC. Em fevereiro, 12 pessoas, incluindo oito policiais civis, foram acusadas de envolvimento com o crime organizado, lavagem de dinheiro e corrupção.

O Ministério Público pediu que os acusados paguem uma indenização de R$ 40 milhões pelos danos causados pelos crimes cometidos. O processo do caso de Vinicius Gritzbach, o delator, tem mais de 5 mil paginas.

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