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Minhocão em São Paulo deve ganhar estacionamento; entenda o projeto

Obras experimentais foram iniciadas nesta segunda-feira (28) e recebeu críticas de vereadores; elevado liga o centro da capital paulista à zona Oeste  |  Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Publicado em 29/04/2025, às 09h00 - Atualizado às 10h46   Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil   Fernanda Decaris

A Prefeitura de São Paulo iniciou o projeto para transformar parte baixa do elevado Presidente João Goulart, conhecido como Minhocão, em um bolsão de estacionamento. Obras experimentais foram iniciadas nesta segunda-feira (28). 

O elevado liga o centro da capital paulista à zona Oeste da cidade e gerou críticas de parte de veradores. Nas redes sociais, Nabil Bonduki (PT) e Renata Falzoni (PSB) revelaram entrar com uma Ação Popular na Justiça para parar com obras.

“A justificativa da Prefeitura é coibir o descarte irregular de lixo, mas sabemos que a presença de pessoas em situação de rua no local também é uma questão. São dois problemas graves e que devem ser solucionados com políticas públicas sérias e não com improvisos”, escreveu a vereadora Renata Falzoni.

Em um vídeo publicado nas redes sociais nesta segunda (28), Bonduki declarou que o projeto foi iniciado sem estudo prévio do vice-prefeito Coronel Mello Araújo (PL).

Na tarde de ontem (28), Mello Araújo, prefeito em exercício devido a uma viagem de Ricardo Nunes, declarou em vídeo nas redes sociais que a medida tem como finalidade atender os comércios e residências da região, além de combater o descarte irregular de lixo que ocorre no local.

“A gente vai fazer um teste. O que não dá é ficar do jeito que estava, esse Minhocão toda vez sujo. Estava aqui só sujeira, as pessoas não conseguiam nem andar, nem bicicleta, nem transeunte. A gente vai ver o que vai acontecer aqui”, comentou.

Minhocão: entenda o plano para ligar zonas oeste e leste de SP

O plano prevê que a avenida seja estendida até a zona leste da capital, no bairro do Tatuapé. A declaração do prefeito foi dada à imprensa na última quarta-feira (2).

O viaduto conecta a Praça Roosevelt, no centro da cidade, ao Largo Padre Péricles, na Barra Funda, zona oeste. De acordo com Nunes, a proposta vem sendo analisada por meio de um estudo da SPUrbanismo, estatal ligada à Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL).

A ampliação da Avenida Marquês de São Vicente integra o plano de metas da Prefeitura de São Paulo apresentado no início do mês de abril. Segundo a administração municipal, o novo corredor terá 6,9 km de extensão, ligando as avenidas Sérgio Tomás e Salim Farah Maluf. A proposta procura desativar o posterior do Minhocão.

Ricardo Nunes garante que a extensão trará melhorias para a mobilidade da capital paulista.

“Tem um estudo da SPUrbanismo que, com a extensão da [avenida] Marquês até o [bairro] Tatuapé, a gente vai poder desafogar bem o trânsito e fazer uma ligação entre as zonas oeste e leste — obviamente passando pelo centro. Dando certo, vai possibilitar que a gente desative o Minhocão”, disse o prefeito.

Nunes ainda não definiu qual será o destino do viaduto após sua desativação. Ele afirma que a decisão entre demolir a estrutura ou transformá-la em um espaço público, como um parque suspenso nos moldes do High Line, em Nova York, será discutida com a população.

“Agora, se a gente vai desativar o Minhocão com demolição ou fazer um High Line, a gente tem de discutir com a sociedade. É um tema polêmico”, afirmou.

Leia a matéria completa: Desativação do Minhocão: entenda o plano para ligar zonas oeste e leste de SP

 

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