Polícia
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por Isabela Fernandes
Publicado em 15/04/2025, às 12h32
O roubo de alianças e anéis tem crescido de forma preocupante no estado de São Paulo. Impulsionados pela valorização histórica do ouro, que chegou a US$ 3.000 por onça (31 gramas), que equivale a cerca de R$ 17 mil, em março de 2025, criminosos têm focado em joias como forma rápida de obter lucro no mercado clandestino.
De acordo com dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP), entre janeiro e fevereiro deste ano foram registrados 1.333 casos de roubos e furtos de alianças e anéis no estado — um aumento de 56% em relação ao mesmo período de 2024, que teve 851 ocorrências. Isso representa, em média, 22 casos por dia, apenas considerando os boletins de ocorrência.
A maioria dos crimes ocorre em via pública, somando 1.198 registros. Residências (59) e estacionamentos (13) aparecem com menos frequência. Em relação ao horário, o turno da manhã lidera com 462 ocorrências, seguido pela tarde (409), noite (315) e madrugada (108).
A cidade de São Paulo concentra mais da metade dos casos (57%), mas outras cidades da Grande São Paulo também enfrentam o mesmo problema. Sete dos dez municípios mais afetados estão na Região Metropolitana, incluindo Guarulhos, Santo André, Osasco, Taboão da Serra, Diadema, São Bernardo do Campo e Embu das Artes.
Os crimes, além de frequentes, têm sido cada vez mais violentos. Casos recentes mostram isso:
Esses episódios mostram como objetos simbólicos, como alianças, se transformaram em alvos valiosos diante da alta cotação do ouro e da crise econômica global, agravada por tensões comerciais entre países.
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