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Veja o enredo que fez a Pérola Negra ser campeã do Acesso 2 no Carnaval de SP

  |  História contada na avenida leva a escola de volta ao Acesso 1 - Foto: Arquivo BNews SP

Publicado em 25/02/2025, às 09h45   História contada na avenida leva a escola de volta ao Acesso 1 - Foto: Arquivo BNews SP   Marcela Guimarães

A apuração para consagrar a grande escola de samba campeã do Grupo de Acesso 2 no Carnaval de avenida de São Paulo ocorreu na noite do último domingo (23). A Pérola Negra garantiu seu título e subirá ao Acesso 1 junto à escola Camisa 12, vice-campeã.

A Pérola Negra foi a quinta escola a desfilar no sábado (22) e levou o enredo “Exu Mulher”, do carnavalesco Rodrigo Meiners, ao Sambódromo do Anhembi.

A escola de samba da Vila Madalena garantiu a liderança sem perder pontos, finalizando a apuração com 270 pontos.

A Pérola Negra foi rebaixada do Grupo Especial em 2020 (Foto: Reprodução/Instagram/@perolanegracarnaval)

Já no fim da tabela, Brinco da Marquesa e Raízes do Samba garantiram as últimas posições e retornarão ao Grupo Especial de Bairros em 2026.

O primeiro quesito a ser apurado foi o de fantasia. Na ordem, anunciaram as notas de bateria, comissão de frente, mestre-sala e porta-bandeira, samba-enredo, harmonia, alegoria, enredo e evolução.

Quatro jurados avaliaram cada quesito e a menor nota em cada critério de avaliação foi descartada.

Confira o resultado da apuração:

1. Pérola Negra — 270,0
2. Camisa 12 — 269,7
3. Unidos do Peruche — 269,6
4. Primeira da Cidade Líder — 269,6
5. Morro da Casa Verde — 269,5
6. Torcida Jovem — 269,3
7. Imperador do Ipiranga — 269,2
8. Imperatriz da Paulicéia — 268,9
9. Brinco da Marquesa — 268,8
10. Raízes do Samba — 268,0

Veja o texto divulgado pela agremiação: 

“Em novembro de 2023, a autora Claudia Alexandre traz um debate sobre o estudo das tradições e religiosidades afro-brasileiras através do livro “Exu Mulher e o Matriarcado Nagô”. A obra, inspirada na tese de doutorado da autora, exemplifica que na formação dos candomblés de tradição iorubá-nagô, cujos terreiros cultuam Exu/Legba/Elegbará, o racismo religioso ganha centralidade a partir da figura de Exu e reivindica seu lado feminino, algo pouco explorado na literatura.

A masculinização e a demonização foram as principais transformações que Exu sofreu na travessia atlântica. A ênfase na representação da divindade como símbolo de masculinidade, especialmente destacando o falo, acabou por excluir completamente qualquer traço de feminilidade.

Inicialmente, houve resistência por parte das lideranças mais antigas em iniciar filhos e filhas de Exu e as justificativas fornecidas apenas reforçavam a concepção demoníaca da divindade. Essas restrições podem ter levado ao ocultamento e silenciamento sobre a existência do aspecto feminino de Exu.

Ele é reconhecido como o senhor do movimento, responsável por manter o equilíbrio vital e distribuir igualmente o essencial para a fertilidade e a perpetuação da vida.

Gostaríamos de parabenizar a jornalista, apresentadora, escritora, mestre e doutora em Ciência da Religião (PUC-SP), Cláudia Alexandre por esta obra maravilhosa, e agradecer publicamente toda atenção, orientação, colaboração e carinho com a nossa Pérola Negra!”

Classificação Indicativa: Livre


Tags carnaval Grupo de Acesso 2 Desfile das Escolas de Samba de São Paulo Enredo Camisa 12 Sambódromo do Anhembi Pérola Negra

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