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Serviço completo? Motoristas de app fazem sucesso tendo relações com clientes; veja como funciona

Serviços crescem principalmente pela disparada nos preços dos combustíveis  |  Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Publicado em 20/03/2025, às 17h42   Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil   Marcela Guimarães

Motoristas de aplicativo têm buscado alternativas para aumentar sua renda, especialmente pela disparada nos preços dos combustíveis. Esses serviços “extras” têm se tornado cada vez mais comuns com profissionais que atuam nas plataformas Uber, 99 e inDrive.

Eles são negociados antes da corrida começar, quando o usuário envia um código pelo chat da plataforma para verificar se o motorista está disposto.

Para evitar punições dos apps, que proíbem o uso de termos explícitos, muitos motoristas e passageiros recorrem a códigos como a letra “B” para induzir o sexo oral, por exemplo.

Após o acordo sobre o tipo de ato sexual, as partes combinam o valor do serviço e a forma de pagamento, que pode ser em dinheiro ou via Pix.

Os encontros podem ocorrer na casa de quem paga pelo serviço, em lugares calmos ou até mesmo durante a viagem com o carro em movimento. Em certas situações, o passageiro ainda paga a estadia em um motel.

Relações como renda extra

A média proposta de valor gira em torno dos R$ 150 para sexo oral. Esse preço pode corresponder à metade do que um motorista ganha por dia, a depender do quanto ele trabalha.

Relatos de motoristas nas redes sociais mostram que maioria dos clientes que buscam esses serviços são homens, embora também existam mulheres que fazem propostas semelhantes, mas são menos frequentes.

Uber proíbe a prática, mas ela ocorre através de códigos (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

‘Uber Dotado’ nas redes sociais

Um motorista de aplicativo da Bahia, popularmente conhecido como ‘Uber Dotado’, vem fazendo sucesso nas redes sociais e sites de conteúdos adultos.

Ele conta ao BNews que na plataforma Privacy, por exemplo, já acumula 228 curtidas nos seus 62 conteúdos publicados, sendo que todos são pagos com uma assinatura mensal de R$ 24,90. Na rede social X, onde mais interage publicamente, ele já conta com mais de 25 mil seguidores.

A prática vem ficando cada vez mais popular. A internauta Carolina Lessa, de 26 anos, relatou na mesma rede social que existe um outro tipo de código entre motoristas e passageiros para esse tipo de experiência.

“Ofereci um Halls preto para o Uber na maior inocência e, quando a corrida estava acabando, ele me perguntou se eu sabia o que significava oferecer esse tipo de bala a um motorista de aplicativo e vice-versa. Eu disse que não e ele me explicou. Fiquei chocada”, disse ela.

A experiência é um tipo de comunicação “secreta” para saber se o profissional ou o passageiro tem interesse em finalizar a corrida com relações sexuais, tendo o sexo oral como principal troca. A prática é mais comum entre a comunidade LGBTQIA+.

A Uber, empresa mais popular no ramo, informa que qualquer comportamento que envolva violência, conduta sexual, assédio ou discriminação ao usar o aplicativo resultará resultará no bloqueio da conta do usuário ou motorista envolvido.

Classificação Indicativa: Livre


Tags 99 Redes sociais Relatos inDrive Uber Motoristas de aplicativo Práticas sexuais

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