Polícia
Publicado em 11/04/2025, às 15h21 Foto: Reprodução/Redes sociais Marcela Guimarães
Foi constatado que o carro de Brendo dos Santos Sampaio, motorista que atropelou e matou Isabela Priel Regis e Isabelli Helena de Lima Costa, contava com modificações para torná-lo ainda mais potente.
O atropelamento causou a fatalidade contra as meninas de 18 anos na noite da última quarta-feira (9) em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo.
O advogado Rafael Felipe Dias confirmou a informação. Ele atua como defensor das famílias das vítimas e assistente de acusação no caso.
“Frise-se que o carro do acusado era inteiro modificado para gerar mais potência na aceleração, com dois escapamentos esportivos, dando a entender que participar de racha era algo habitual”, afirmou o juiz Marco Mattos Sestini, do Plantão Judiciário de Santo André, no Termo de Audiência de Custódia que ocorreu na última quinta-feira (10).
O advogado ressalta que os fatos em questão contribuíram para que a prisão em flagrante de Brendo fosse convertida em prisão preventiva.
“De qualquer modo, o desrespeito e a falta de empatia com as outras pessoas, bem como o desprezo às regras sociais e de convivência, impedem a sua soltura nesse momento. O acusado, diante do narrado, não teria se importado com as consequências de sua conduta, acreditando em sua impunidade”, destacou o juiz.
O boletim de ocorrência revela que uma testemunha ouvida pela polícia afirmou que as modificações eram facilmente identificadas no carro de Brendo, um Honda Civic.
“O veículo possui características visivelmente alteradas, apresentando escapamentos esportivos não originais de fábrica e para-choque traseiro modificado com luzes de LED”, diz o registro.
As vítimas, Isabela Priel Regis e Isabelli Helena de Lima Costa, atravessavam a faixa de pedestres quando foram atingidas pelo carro em alta velocidade. Imagens registraram o momento em que as duas conversavam sem perceber a aproximação do veículo. O semáforo estava mudando de verde para amarelo no momento do atropelamento.
As duas amigas morreram no local. Com a força da batida, foram arremessadas a mais de 50 metros de distância.
Uma testemunha relatou à polícia que um segundo veículo, um Chevrolet Onix branco, também seguia em alta velocidade junto ao carro do responsável pelo crime.
Estudante de Direito, Brendo havia acabado de sair da aula na Universidade de São Caetano do Sul e permaneceu no local do acidente após a colisão. O teste do bafômetro indicou que ele não havia ingerido álcool e uma contraprova foi realizada no Instituto Médico Legal (IML).
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