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Delegados da Polícia Civil são investigados por viagem a Las Vegas financiada pelo PCC; entenda

Os agentes levantaram suspeita após interação nas redes sociais com fintech vinculada a facção  |  Foto: Reprodução/Linkedin/Bruno Rechinho

Publicado em 28/02/2025, às 08h11   Foto: Reprodução/Linkedin/Bruno Rechinho   Isabela Fernandes

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que três delegados de 1ª Classe e um investigador da Polícia Civil estão sendo investigados pela Corregedoria da Instituição por uma viagem a Las Vegas, em 2024. Os custos da viagem foram, supostamente, financiados pela fintech 2GO Bank, que é vinculada ao PCC.

Os delegados Paulo Alberto Mendes Pereira, Paulo Eduardo Pereira Barbosa, Luiz Alberto Guerra e o investigador Bruno Souza Rechinho participaram dos eventos de cibersegurança Blackhat e Defcon 32, em agosto de 2024.

A viagem foi autorizada pela SSP e, segundo a pasta, não gerou custos para o Estado. No entanto, Bruno Souza Rechinho publicou fotos nas redes sociais durante a viagem e interagiu com o perfil da 2GO Bank, o que aumentou as suspeitas.

O fundador da fintech, Cyclades Salerno Elia Junior, é um ex-agente da Polícia Civil e foi preso em novembro, durante a operação Tai-Pan, que desmantelou um esquema de lavagem de R$ 6 bilhões, movimentados em pelo menos 16 países.

Cyllas foi solto em janeiro e preso novamente em fevereiro deste ano na Operação Hydra, que investiga crimes financeiros e o envolvimento de membros do PCC.

A fintech de Cyllas movimentou recursos em países como Brasil, Estados Unidos, China e outros da América Latina e Europa.

A infiltração do PCC em estruturas governamentais, incluindo as forças policiais, é um dos focos da investigação.

Classificação Indicativa: Livre


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