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Publicado em 04/02/2025, às 12h38 Dengue em SP atinge 100 mil casos - Foto: Freepik Gabriella Franco
Dados divulgados pelo Ministério da Saúde na última quinta-feira (30) indicam um crescimento alarmante do número de casos de dengue em São Paulo. Em janeiro de 2024, o estado registrou cerca de 50 mil casos.
Já nas primeiras quatro semanas de 2025, os números chegaram a 100 mil, além de 38 óbitos confirmados, segundo dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde.
Outros estados do Brasil apresentaram um cenário melhor, com uma redução substancial nos registros do vírus. É o caso de Minas Gerais, que foi de 123 mil casos para 16 mil casos, na comparação do mesmo mês em 2024 e 2025. Ainda assim, a região ocupa o segundo lugar na lista de estados com mais casos.
O Centro-Oeste e o Sul foram as regiões com a redução mais significativa, em especial no Distrito Federal, em Goiás, no Paraná e em Santa Catarina. Ao todo, o país registrou 170.376 casos prováveis de dengue em janeiro de 2025.
A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, com uma presença mais marcante em países tropicais. O vírus da dengue pertence à família dos chamados “flavivírus”, assim como a febre amarela, e tem quatro variantes. Cada um deles pode causar desde infecções assintomáticas até quadros graves da doença.
De acordo com o secretário adjunto da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), Rivaldo Venâncio, uma possível explicação para esse aumento é a circulação da dengue tipo 3 no Sudeste, o DENV-3. Esse subtipo do vírus, identificado pela última vez no Brasil em 2008, tem uma carga viral maior, podendo levar a quadros mais graves da doença.
O DENV-3 já foi detectado em diversos estados, como São Paulo, Amapá, Minas Gerais e Paraná. A preocupação das autoridades sanitárias é de que a população não esteja suficientemente imunizada contra essa variante.
O secretário da pasta explicou que a chegada de um novo sorotipo em uma população previamente exposta a outros sorotipos de dengue pode levar a um cenário de “epidemias significativas”. A infecção por cada um dos tipos do vírus não oferece imunidade contra os outros. Assim, uma mesma pessoa pode contrair dengue até quatro vezes ao longo da vida.
Informações da Agência Brasil e Gov.br