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Este é o horário de maior perigo para mulheres em São Paulo, segundo a SSP

Mulheres entre 25 e 35 anos são as mais afetadas, representando mais da metade das ocorrências de violência em São Paulo  |  Foto: Freepik

Publicado em 10/03/2025, às 11h09   Foto: Freepik   Isabela Fernandes

Em 2024, a violência contra mulheres foi um problema constante em São Paulo, com uma média de 357 casos registrados diariamente. No total, 101 mil boletins de ocorrência foram feitos no ano passado.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), em grande parte, esses crimes acontecem nos domingos à noite, entre 18h e 22h.

Os tipos de crimes mais comuns foram ameaça (34.722), injúria (21.331) e lesão corporal (18.636). No entanto, nem todos os boletins mencionam violência doméstica diretamente.

Apenas 40 mil casos têm essa informação explícita, o que indica que o número real de casos pode ser ainda maior. Além disso, mais de um crime pode ser registrado no mesmo boletim.

A SSP do estado aponta que o aumento das denúncias está ligado ao avanço nas políticas públicas de proteção às mulheres.

Em 2024, o estado registrou 191 mil casos de violência doméstica, um aumento em relação aos 182 mil de 2023. A expansão de serviços, como as Salas DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) 24 horas e o monitoramento de agressores com tornozeleiras eletrônicas, também contribuíram para esse crescimento.

A maior parte das denúncias vêm de mulheres entre 25 e 35 anos, totalizando 29.163 em 2024. Essa é a faixa etária mais afetada pela violência, com 54.750 ocorrências, o que representa mais da metade dos registros com essa informação.

Os crimes ocorrem, em sua maioria, em vias públicas (60.488), mais do que o dobro em relação aos casos em residências (29.789) ou na internet (1.522).

Além disso, 81% das vítimas tinham algum tipo de relacionamento amoroso com o agressor, e 14% eram agredidas por parentes.

A SSP ainda destaca que as vítimas de violência podem realizar denúncias de forma anônima e gratuita através do 180 ou 190, contar com aplicativos como o SP Mulher Segura e a Cabine Lilás, medidas que visam garantir mais proteção às vítimas.

Classificação Indicativa: Livre


Tags São Paulo Violência contra a mulher

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