Polícia
Publicado em 12/02/2025, às 11h23 A operação chamada Fraude Premiada investigou que o golpe era aplicado em perfis de redes sociais - Foto: Lucas Miranda por Pixabay Camila Lutfi
Criminosos envolvidos em um esquema de lavagem de dinheiro simulando sorteios de loterias foram deflagrados pela Polícia Civil nesta terça-feira (11), no Vale do Paraíba, interior de São Paulo. A operação chamada Fraude Premiada investigou que o golpe era aplicado em perfis de redes sociais usados para a promoção e comercialização das rifas ilegais.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública do estado (SSP), os suspeitos usavam como referência os sorteios da Loteria Federal para enganar as vítimas. A definição dos vencedores era baseada na combinação dos números sorteados nos concursos oficiais, induzindo os participantes a acreditarem na legalidade do sistema. O método aplicado aumentava significativamente o número de apostas.
Também foi identificado que alguns dos ganhadores das rifas eram amigos pessoais dos investigados, o que indica que os resultados eram manipulados para beneficiar os suspeitos ligados ao esquema.
O pagamento das rifas era processado por meio de uma empresa intermediadora, como forma de ocultar movimentações financeiras ilícitas e dificultar o rastreamento de valores e a atuação das autoridades.
A operação desta terça cumpriu oito mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados e nas sedes das empresas envolvidas no esquema. A polícia apreendeu ainda veículos de luxo, documentos, aparelhos eletrônicos e dinheiro em espécie, que serão analisados para aprofundamento das investigações e identificação dos envolvidos.
De acordo com a Polícia Civil, o principal investigado no esquema realizava sorteios irregulares, promovendo a distribuição de prêmios de alto valor sem qualquer autorização legal. Além disso, apresentava um patrimônio incompatível com sua renda formalmente declarada, com veículos de luxo e estilo de vida de alto padrão.
Há ainda indícios da participação de um empresário do ramo de compra e venda de automóveis, que é apontado como intermediário do esquema. Ele seria o proprietário dos veículos de luxo.
Os relatórios de inteligência identificaram que o empresário e a companhia não possuem capacidade financeira que justifique a movimentação de valores tão expressivos em um intervalo de tempo tão reduzido. Os fatos dos investigados pelo golpe foram analisados nos últimos cinco anos.
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