Polícia
Publicado em 22/04/2025, às 16h36 Foto: Reprodução/Redes sociais Marcela Guimarães
A polícia investiga um suspeito envolvido no desaparecimento e assassinato de Bruna Oliveira da Silva, estudante da USP possivelmente raptada pelos arredores de Itaquera, na zona leste de São Paulo.
Sem detalhes oficiais, a pessoa não teve sua identidade divulgada e foi ouvida na delegacia de desaparecidos do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).
A família da vítima de 28 anos destaca o caso como um mistério, já que não existia um histórico de ameaças contra ela.
Bruna se formou em Turismo pela USP e havia acabado de passar no mestrado na mesma instituição, querendo estudar Mudança Social e Participação Política.
Imagens de câmeras de segurança conseguiram registrar os últimos momentos em que Bruna Oliveira da Silva foi vista com vida. No dia 13 de abril, a estudante da USP foi registrada deixando a estação Corinthians-Itaquera pouco tempo antes de desaparecer.
No primeiro vídeo, ela é vista saindo da estação e atravessando a rua, seguindo o trajeto habitual até sua casa, localizada a cerca de 20 minutos a pé dali. Uma segunda gravação mostra a estudante passando por outro ponto que fazia parte do caminho.
No entanto, em um terceiro vídeo, Bruna já não aparece mais. A polícia trabalha com a hipótese de que ela tenha sido interceptada nesse intervalo entre os dois locais registrados.
A vítima acessou o celular pela última vez às 22h21, mas nunca chegou em casa. Os pais avisaram as autoridades sobre o desaparecimento na manhã seguinte. O corpo foi encontrado somente quatro dias depois.
Igor Rafael Sales, namorado de Bruna, de 28 anos, contou detalhes sobre os últimos momentos que passou com a parceira antes de seu desaparecimento.
“Era muito próximo [o trajeto]. Eu perguntei [por mensagem]: “E aí, deu certo?”. Liguei por mais de 10 minutos e só chamou. E aí ela não respondeu. Ela sempre me avisava. Às 23h30, mandei um ‘boa noite’. Fiquei olhando de madrugada e nada. De manhã, eu vi as mensagens dos familiares perguntando da Bruna. Quando vi que ela não tinha chegado, foi um choque. Eu não sabia o que dizer”, relembrou o companheiro.
Na tentativa de encontrar pistas, ele chegou a voltar ao terminal no dia seguinte e conversar com ambulantes e funcionários da região. “Os dias foram passando. Fui no terminal e procuramos, mas nada. Eu fiquei desesperado”, disse ele.
Bruna foi encontrada sem vida nos fundos de um estacionamento na Avenida Miguel Ignácio Curi, região da Vila Carmosina, também na zona leste, com marcas de agressão. Ela vestia apenas roupas íntimas.
A polícia foca na obtenção de imagens de uma possível quarta câmera, que pode ter captado o momento em que a estudante da USP foi seguida ou abordada por alguém. Ela foi sepultada no último sábado (19) e o caso está sendo investigado pelo DHPP. Ela deixa um filho de sete anos de outro relacionamento.
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