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Vídeo: PM queima cruz e faz saudação nazista em São Paulo

Cena com cruz pegando fogo e saudação de policiais levanta suspeitas e gera indignação nas redes  |  Foto: Reprodução/Redes sociais

Publicado em 16/04/2025, às 12h58   Foto: Reprodução/Redes sociais   Isabela Fernandes

Um vídeo em que policiais militares aparecem em uma cena com elementos que remetem a símbolos de grupos extremistas supremacista, como a Ku Klux Klan — organização supremacista dos Estados Unidos conhecida por seu histórico de racismo e violência — foi publicado no perfil oficial do 9° Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep), de São José do Rio Preto, interior de São Paulo, e gerou uma série de reações nas redes sociais.

Gravado durante a noite, o material mostra ao menos 14 policiais posicionados diante de uma cruz em chamas — um dos símbolos históricos da Ku Klux Klan. A palavra “Baep” também aparece pegando fogo, enquanto viaturas ligadas e bandeiras da corporação compõem o cenário. A trilha sonora e o estilo da produção reforçam o clima sombrio, e mesmo com a exclusão rápida da postagem, as imagens já haviam se espalhado pela internet.

Com a repercussão negativa, o comando do Baep foi cobrado internamente a prestar esclarecimentos. Até o momento, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) ainda não se pronunciou publicamente sobre o episódio.

Em nota divulgada nesta quarta-feira (16), a Polícia Militar (PM) explicou que o vídeo foi produzido durante o encerramento de um treinamento noturno e que a intenção era “representar simbolicamente a superação dos limites físicos e psicológicos enfrentados ao longo da instrução”.

A PM negou qualquer intenção de fazer alusão a símbolos nazistas ou expressar manifestações de intolerância. “A Polícia Militar repudia de forma veemente qualquer alusão a símbolos nazistas, bem como qualquer manifestação de intolerância, preconceito ou discriminação”, afirmou no comunicado.

Apesar da justificativa, a publicação continua sendo alvo de críticas nas redes sociais e levantou dúvidas sobre a escolha dos elementos usados na produção. Para muitos, o conteúdo remete diretamente a rituais de grupos supremacistas e levanta preocupações sobre a mensagem simbólica transmitida por uma instituição pública de segurança.

Veja o vídeo:

 

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