Entretenimento
por Marcela Guimarães
Publicado em 11/02/2025, às 11h18
Ferramentas de inteligência artificial (IA) estão sendo usadas por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) para definir a ancestralidade de uma parte de população inserida na capital paulista.
Uma calculadora científica foi construída para a pesquisa e o grupo revelou que as amostras das pessoas selecionadas êm 77,5% de herança genética europeia, 10,4% africana, 7,4% nativa americana, 4,1% leste asiático, 0,5% sul asiático e 0,1% oceânica.
Um balanço mais averiguado do estudo também definiu uma predominância basca e ibéria, variando entre 33,9% e 37,9%; Albânia, Itália e Sardenha, entre 22,3% e 26,7%; e do oeste europeu, entre 6,2% e 7,2%.
Amostras de 411 pessoas da cidade de São Paulo foram coletadas. Bancos genéticos públicos que contam com dados de diferentes populações também foram utilizados.
Com as fontes em questão, pesquisadores da USP usaram o Machine Learning, ramo da IA que libera computadores para que aprendam e tomem decisões sem serem uma programação definida, para revelar o perfil miscigenado do grupo.
Apesar do grande avanço, os estudos ainda estão em uma área que passa por processo de refinamento e enfrentam desafios, como a sub-representação de populações (especialmente de povos nativos, latinoamericanos e africanos) em bancos de dados genéticos.
Os dados coletados da pesquisa de ancestralidade podem ajudar a contribuir em análises de doenças relacionadas a fatores genéticos — como diabetes tipo 2, hipertensão, insuficiência renal e câncer de próstata.
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