Polícia
por Gabriella Franco
Publicado em 15/03/2025, às 09h26
A Polícia Civil de São Paulo finalizou as investigações sobre o assassinato de Antônio Vinícius Gritzbach, ocorrido no Aeroporto de Guarulhos, em 8 de novembro.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), o relatório detalhado, com quase 500 páginas, foi encaminhado à Justiça na última sexta-feira (14), consolidando provas robustas sobre o caso.
O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) indiciou seis pessoas pelo homicídio e duas por favorecimento, acusadas de auxiliar na fuga dos criminosos. A conversão das prisões temporárias para preventivas foi solicitada pela equipe de investigação.
O delegado-geral Artur Dian destacou que a polícia reuniu provas técnicas contundentes para embasar a denúncia do Ministério Público. “O inquérito individualiza a conduta de cada envolvido, permitindo um processo judicial sólido”, afirmou.
De acordo com as interceptações telefônicas obtidas pela polícia, a execução de Gritzbach foi ordenada por Emílio Carlos Gongorra, o 'Cigarreiro', com o auxílio de Diego Amaral, o 'Didi'. A motivação do crime foi uma vingança, conforme mensagens extraídas da nuvem e outros documentos periciados.
Além dos mandantes, um terceiro suspeito, apontado como olheiro, segue foragido. Já os três policiais militares responsáveis pela execução estão presos no Presídio Militar Romão Gomes. A investigação revelou que os PMs foram contratados por intermédio do olheiro e identificados por meio de uma análise aprofundada de dados telemáticos e geolocalização.
O secretário-executivo da Segurança Pública, delegado Osvaldo Nico Gonçalves, reforçou que o encerramento do inquérito representa um marco na investigação. Entretanto, outros três inquéritos seguem abertos no DHPP para aprofundar apurações.
Nos 126 dias de trabalho, dezenas de policiais analisaram 20 mil páginas de documentos e examinaram 6 terabytes de arquivos, incluindo imagens e áudios obtidos mediante quebra de sigilo e mandados judiciais. Segundo a delegada Ivalda Aleixo, chefe do DHPP, a equipe trabalhou incansavelmente, revisando cada detalhe do material obtido.
Com a conclusão dessa etapa, o caso agora está nas mãos da Justiça e do Ministério Público, que dará seguimento ao processo e possíveis denúncias contra os envolvidos.
Enquanto isso, a Polícia Civil continuará investigando para identificar novos envolvidos na morte de Vinícius Gritzbach.
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