Polícia
por Marcela Guimarães
Publicado em 06/03/2025, às 12h43
Na última quarta-feira (5), dia em que o desaparecimento de Vitória Regina de Souza completou uma semana, seu corpo foi encontrado em uma área de mata em Cajamar, na Grande São Paulo.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o corpo da jovem estava em estado de decomposição.
Antes de desaparecer, a jovem enviou mensagens e áudios a uma amiga detalhando movimentos estranhos ao seu redor, quando notou que dois homens a seguiam até o ponto de ônibus onde embarcou voltando para casa.
Um dos rapazes chegou a entrar no mesmo veículo que Vitória, mas desceu em seguida. Assim que desembarcou no bairro Ponunduva, onde a jovem morava, ela percebeu que um carro com quatro homens também a seguia.
Os suspeitos chegaram a abordá-la, chamando a adolescente de “vida”. Testemunhas confirmam que o veículo circulava na região.
Em um dos áudios divulgados, a vítima demonstrava medo enquanto afirmava que quase chorou: “Quando eles passaram lá do outro lado da rua e disseram: “E aí, vida?” e voltaram, meu ** trancou. Mas pronto, ufa, eles entraram na favela. Saiu até lágrima do meu ‘zoio’ agora. Nossa, até me arrepiei. Senhor, Ave Maria”, disse ela.
Em suas últimas mensagens, por volta de 0h30, Vitória voltou a demonstrar medo quando percebeu que os mesmos suspeitos no carro começaram a mexer com ela.
“Passaram uns caras no carro. Eles estão voltando. Ai, meu Deus do céu, eu vou chorar. Vou ficar mexendo no celular, vou nem ligar pra eles”, afirmou ela, assustada. “Acontecem essas coisas e eu não consigo correr, eu paraliso. Eu não sei o que eu faço. Não consigo correr, fico parada”.
Pelos horários das mensagens, a amiga teria ido dormir após a conversa. Por volta das 5h30, ela tentou ligar para Vitória, mas sem retorno. Desde então, a vítima não respondeu mais.
O delegado Aldo Galiano, responsável pelo caso de Vitória, anunciou nesta quinta-feira (6) que a prisão do ex-namorado da jovem foi decretada.
Na tarde da última quarta (5), o corpo da vítima foi encontrado em estado de decomposição com a cabeça raspada, sinais de agressão e decapitação.
Ao notarem que o depoimento do ex-namorado de Vitória não estava batendo com o depoimento de outras pessoas, a delegacia de Cajamar solicitou a prisão do suspeito. Ele não teve a identidade revelada.
De acordo com o delegado, o crime contra Vitória Regina de Souza foi um ato de vingança e pode ter sido executado por pessoas ligadas à uma facção criminosa. A suspeita é de que o ex-namorado sabia que o crime aconteceria, mas não participou.
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