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Caso Vitória: entenda por que a Polícia Civil decidiu fazer a reconstituição do crime

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Demais investigações seguem em andamento dentro do Caso Vitória  |   BNews SP - Divulgação Foto: Reprodução/Redes sociais
Marcela Guimarães

por Marcela Guimarães

Publicado em 25/03/2025, às 12h14



A Polícia Civil de Cajamar (SP) decidiu realizar a reconstituição da morte de Vitória Regina de Souza, de 17 anos, assassinada após desaparecer em sua cidade.

Através de nota oficial, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que “a Polícia Civil solicitou ao IML a reconstituição do crime para esclarecer todas as circunstâncias em que ele ocorreu”.

A pasta diz que o homem que assumiu o crime, Maicol Sales dos Santos, de 26 anos, “segue preso temporariamente após confessar a autoria do homicídio e as investigações prosseguem pela Delegacia de Cajamar para a conclusão do inquérito policial”, informou.

A SSP não divulgou uma data exata para fazer a reconstituição.

Entenda o histórico

Vitória Regina de Souza desapareceu na madrugada do dia 26 de fevereiro.

No entanto, em 5 de março, uma semana após o desaparecimento, o corpo da vítima foi encontrado em uma região de mata na cidade com a cabeça raspada, sinais de agressão e decapitação.

Vitória saía do trabalho em um restaurante de shopping em Cajamar, na Grande São Paulo, quando suspeitou de movimentos estranhos ao pegar um ônibus indo de volta para casa.

Antes de desaparecer, a jovem enviou mensagens e áudios a uma amiga detalhando uma possível perseguição de dois homens. Câmeras de segurança registraram o momento em que a adolescente entrou no ônibus junto com um deles.

Mensagens da vítima com a amiga
Parte das últimas mensagens enviadas por Vitória Regina de Souza (Foto: Reprodução/Redes sociais)

Ao seguir no veículo, Vitória continuou conversando com a amiga. Assim que desceu do ônibus, enviou um áudio: “Amiga, ‘tá de boa, nenhum desceu no mesmo ponto que eu, então ‘tá de boaça”, disse.

A polícia ouviu testemunhas que relataram terem visto um carro seguindo Vitória assim que a jovem desceu do ônibus e tentou voltar para casa, próxima ao lugar onde desapareceu.

Maicol Sales dos Santos, que conduzia o carro, confessou o crime e alegou ter tido um relacionamento amoroso com a adolescente cerca de um ano e meio antes do crime. Segundo ele, a jovem ameaçava relatar sobre o affair à sua esposa e isso gerou conflito entre os dois.

No dia do crime, Maicol teria abordado Vitória no ponto de ônibus em que ela descia para ir para casa. Segundo ele, ela aceitou entrar no carro que ele dirigia — um Corolla já periciado pela Polícia — e, algum tempo depois, os dois começaram a discutir. 

Nesse momento, Maicol disse que usou uma faca que levava no carro para esfaquear a jovem no tórax, pescoço e rosto. O laudo do IML aponta que Vitória morreu por uma hemorragia traumática.

Segundo o suspeito, ele foi direto para casa após o crime com o corpo da vítima no porta-malas. No dia seguinte, cavou uma cova rasa em região de mata e enterrou o corpo dela despido.

O caso segue em investigação com a defesa buscando reverter a confissão feita sob alegada coação, enquanto a polícia afirma que os procedimentos foram conduzidos dentro da legalidade. A decisão sobre a perícia psiquiátrica e o impacto das alegações de coação ainda devem ser analisados pela Justiça.

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