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Consultório na Rua: saiba como funciona serviço que atende pessoas em situação de rua em SP

Foto: Divulgação/Secretaria da Saúde
Equipes de saúde atuam nas ruas de São Paulo com atendimento humanizado, ações culturais e parceria entre serviços públicos  |   BNews SP - Divulgação Foto: Divulgação/Secretaria da Saúde
Fernanda Decaris

por Fernanda Decaris

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Publicado em 21/04/2025, às 09h00



O Consultório na Rua foi criado com o objetivo de ampliar o acesso da população em situação de rua à assistência em saúde. Além das 479 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) espalhadas pela capital, o serviço passou a ser oferecido como um programa da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) da Prefeitura de São Paulo, desde 2004.

Na região central da cidade, parte das equipes do Consultório na Rua atua em parceria com o Projeto Redenção — uma política pública municipal que integra ações de cuidado em saúde, reinserção social e capacitação profissional, voltadas especialmente ao tratamento de pessoas com dependência química.

As equipes do Consultório na Rua são formadas por profissionais de diferentes categorias, tais como médico, enfermeiro, auxiliar de enfermagem, assistente social, psicólogo, agente da saúde de rua, agente social e administrativo. 

O foco do programa é o atendimento de pessoas em situação de rua, acompanhamento em saúde com consultas, orientações, assistência integral à saúde da mulher, gestante e puérpera, crianças e adolescentes, população LGBTIA+, idosos e a todos os grupos populacionais de todas as etnias.

Em uma cidade marcada por contrastes, equipes de saúde percorrem diariamente os locais mais invisibilizados de São Paulo para oferecer atenção integral a quem mais precisa. O trabalho acontece onde a população em situação de rua está: nas calçadas, abrigos, unidades móveis, centros de acolhida e postos de saúde da rede pública.

A ação é articulada com outras frentes da rede municipal, como unidades básicas de saúde, serviços de emergência, centros de atenção psicossocial (Caps), assistência social e organizações da sociedade civil. A proposta vai além do cuidado médico: envolve escuta, vínculo e ações que resgatam a dignidade.

Cultura e lazer também entram na rotina dos atendimentos. Sessões de cinema, visitas a museus, partidas de futebol e até dias dedicados ao bem-estar — como cortes de cabelo e cuidados pessoais — fazem parte das atividades promovidas junto às pessoas atendidas.

Com jornadas que começam às 7h e seguem até as 19h — e, em alguns casos, se estendem até as 22h —, essas equipes atuam em todas as regiões da capital, enfrentando a exclusão com acolhimento e presença constante.

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