Polícia
por Gabriella Franco
Publicado em 18/03/2025, às 14h47
O delegado Luiz Carlos do Carmo, diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (Demacro), e o delegado Fábio Cenachi, de Cajamar, concederam coletiva de imprensa nesta terça-feira (18), acompanhada pela equipe do BNews São Paulo, para esclarecer os desdobramentos na investigação da morte de Vitória Regina de Souza.
Segundo eles, não há dúvidas de que o autor do crime é Maicol Sales dos Santos, preso desde 8 de março. Na última segunda-feira (17), Maicol confessou ter assassinado a jovem sozinho, com facadas, motivado por uma obsessão que nutria pela jovem.
Além da confissão, há uma série de provas que auxiliaram a Polícia Civil na conclusão da autoria.
Segundo o delegado, testemunhas confirmam que Maicol estava na cena do crime no momento em que Vitória foi sequestrada. Ele teria sido visto com um capuz preto dentro do veículo usado no crime. Com a quebra do sigilo telefônico, a Polícia identificou no celular de Maicol a compra de um capuz preto, chamado de "balaclava", via Mercado Livre.
Ainda na perícia realizada no celular do criminoso, a Polícia comprovou que ele monitorava Vitória desde o ano passado, possuindo uma série de fotos da vítima e de outras 50 jovens com aparência física similar à dela.
Maicol Sales dos Santos confessou o crime na tarde da última segunda-feira (17), durante interrogatório, apesar dos protestos de seus advogados.
Ele disse à polícia que agiu sozinho, e que matou Vitória a facadas dentro de seu carro em 26 de fevereiro, dia em que ela desapareceu. A jovem faleceu devido a uma hemorragia traumática causada pelas perfurações.
Tudo indica que Vitória teria sido morta depois de recusar uma abordagem de Maicol. No entanto, o laudo não aponta para um abuso sexual.
Segundo os delegados, o exame criminológico de Maicol Sales dos Santos indicou que ele possui um nível de psicopatia, e tem um perfil de "stalker".
“Na leitura da psicopatologia forense, um psicopata atua sozinho. Por ser egocentrista e controlador, ele não conseguiria ter um comparsa no crime. Fica claro para nós que ele atuou sozinho”, afirmou o delegado Cenachi.
Maicol afirmou à polícia que teve um caso com Vitória anteriormente, e que era apaixonado por ela. No entanto, não há provas de qualquer envolvimento entre os dois.
A expectativa dos delegados é que o relatório final da denúncia seja entregue antes do fim da prisão temporária de Maicol, em 8 de abril. Após a entrega, ele ficará à disposição da Justiça.
No entanto, eles afirmam que ainda há laudos de perícias a serem divulgados, que podem adicionar mais detalhes à investigação do Caso Vitória.
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