Polícia

‘Dogging’: conheça o crime sexual que vem assustando casais no Ibirapuera (SP)

Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
O crime sexual praticado por grupos de homens vem sendo um tópico debatido entre frequentadores do Parque Ibirapuera, na zona sul de São Paulo  |   BNews SP - Divulgação Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
Marcela Guimarães

por Marcela Guimarães

Publicado em 25/04/2025, às 15h30



A prática conhecida como ‘dogging’ vem sendo um tópico debatido entre frequentadores do Parque Ibirapuera, na zona sul de São Paulo.

Em seus momentos de lazer, principalmente ao entardecer, casais passaram a registrar que se sentiram desconfortáveis após serem “observados” por grupos de homens.

Esse tipo de perseguição ocorre quando as vítimas estão sentadas na grama do parque, geralmente acompanhadas. Os homens em questão passam a olhar os casais ou grupos por trás de árvores e se escondem quando são notados.

Em geral, todos eles aparentam estar sozinhos e surgem “disfarçados”, sempre usando um boné, por exemplo, pelo período da noite.

O que é ‘dogging’?

A prática criminosa consiste em ter atos sexuais ao ar livre na frente de desconhecidos, ou simplesmente observar as relações em locais públicos. Diversos grupos de homens, sempre anônimos, praticam esse tipo de assédio.

O crime pode ocasionar prisão e está prescrito no artigo 233 do Código Penal: praticar ato obsceno em lugar público, aberto ou exposto ao público.

Nas redes sociais, é fácil encontrar os grupos envolvidos; o Parque Ibirapuera é um dos principais pontos de encontro para eles terem essas relações sexuais. O Telegram, por ser uma plataforma escassa de criptografia, possui diversos registros de usuários marcando encontros pelo local.

Os assediadores envolvidos que frequentam esses lugares sozinhos se comunicam como “gaviões”. No Ibirapuera, por exemplo, eles se espalham por todo o local — que, por sinal, é de grande extensão — e iniciam a caçada quando o dia começa a escurecer.

O que diz a segurança

A Urbia, empresa que administra o Ibirapuera e outros 11 parques em São Paulo, afirma que há um monitoramento sendo feito 24 horas por dia com 223 câmeras pelo local.

O ano de 2024 terminou com 194 boletins de ocorrência no Parque Ibirapuera — a maioria por roubo ou furto. Já em 2025, 25 foram registrados, mas nenhum relacionado a crimes sexuais, de acordo com dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP).

Para realizar a denúncia, siga as devidas orientações e ligue para o número 190 ou 180. Ela será registrada pelo Governo Federal. Outra opção é ir até a delegacia mais próxima e registrar o boletim de ocorrência.

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