Polícia
por Isabela Fernandes
Publicado em 24/03/2025, às 12h50
Na manhã desta segunda-feira (24), a Polícia Federal (PF), em parceria com o Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (GAECO) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) , deflagrou uma grande operação para desarticular uma quadrilha especializada em roubo de caminhões e cargas.
A ação, intitulada "Operação Hammare", visa combater ainda a receptação, o desmanche e a lavagem de dinheiro oriunda desses crimes, e está sendo realizada em vários estados, incluindo São Paulo, Paraná, Rondônia e Rio Grande do Sul.
Até o momento, 16 pessoas foram presas, e diversos mandados de prisão temporária e de busca e apreensão estão sendo cumpridos. As apreensões incluem carros de luxo e grandes quantias de dinheiro em cidades como Osasco, Jandira e Guarulhos, na Grande São Paulo. A PF também está bloqueando bens e ativos do grupo, que somam R$ 70 milhões.
A quadrilha é responsável por mais de 50 roubos de caminhões realizados entre 2021 e 2024. O foco da investigação é desmontar a rede de criminosos envolvidos em atividades como desmanche de veículos roubados e o comércio ilegal de peças e motores de caminhões.
Durante as investigações, a PF descobriu que os líderes da organização viviam de forma ostentosa. A aquisição de carros de luxo, como uma Ferrari, lanchas e imóveis de alto padrão, além da participação em eventos exclusivos, era uma característica evidente dos criminosos.
Um dos principais envolvidos, Fabrício Pimentel Azevedo Silva, foi preso em Jandira, e com ele foram encontrados mais de R$ 530 mil em espécie. Ele era o responsável pela logística do pós-roubo dos caminhões.
A investigação começou em 17 de julho de 2023, depois que um caminhão e uma carga foram roubados em Cajamar.
Três núcleos especializados em roubo, desmanche e receptação foram descobertos. A quadrilha era especialista em roubar caminhões de marcas suecas, como Volvo e Scania. Eles usavam um martelo para quebrar os vidros enquanto os motoristas descansavam.
Devido a isso, o nome "Hammare", que significa "martelo" em sueco, foi escolhido para a operação devido ao método utilizado pelos criminosos para acessar as cabines dos caminhões roubados.
Em Rondônia, os policiais federais encontraram um "cemitério" de caminhões desmanchados, que eram furtados pela quadrilha e desmontados para revenda das peças.
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