Polícia
por Isabela Fernandes
Publicado em 27/03/2025, às 14h45
Jean Kennedy de Souza foi preso sob suspeita de apologia ao nazismo e abuso sexual infantil na quarta-feira (26) pela Polícia Civil de São Paulo, na Vila Sabrina, zona norte.
Inicialmente, Jean era suspeito de abusar de uma menina de 12 anos e obrigá-la a se mutilar. As investigações começaram no ano passado, em dezembro.
Na casa de seus pais, com quem morava, os agentes encontraram conteúdo de abuso sexual infantil armazenados. Além disso, foram encontrados diversos materiais de apologia ao nazismo, como fotos de Hitler, livros sobre o nazismo, bandeiras e outros objetos. Também foram apreendidos facas, soco-inglês e uma espingarda.
O criminoso, de 19 anos, foi levado ao 28º Distrito Policial (Freguesia do Ó), onde foi autuado por estupro de vulnerável, disseminar ideologia nazista e por armazenar conteúdo adulto envolvendo menores de idade.
De acordo com a Polícia Civil, Jean Kennedy de Souza não apresentou defesa até o momento.
No Brasil, a apologia ao nazismo é considerada um crime grave, previsto na Lei 7.716/1989, que estabelece punições para crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, etnia e procedência nacional.
A pena para quem dissemina, defende ou promove ideais nazistas é de reclusão de três anos, além de multa. No entanto, se o crime for cometido em ambiente virtual, como em redes sociais, fóruns ou grupos de mensagens, a pena pode ser aumentada para até cinco anos de prisão, devido ao maior alcance e impacto da disseminação desse tipo de conteúdo.
A legislação brasileira é rígida nesse aspecto, visando coibir qualquer manifestação que incentive o ódio, a intolerância e a violência associada ao regime nazista.
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