Polícia

Perícia vai determinar de qual arma partiu o disparo que matou ciclista no Itaim Bibi (SP); confira

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O ciclista Vitor Medrado foi morto a tiros durante tentativa de assalto, em São Paulo, em fevereiro deste ano  |   BNews SP - Divulgação Foto: Reprodução/Instagram/@vitor_medradomentoring
Gabriella Franco

por Gabriella Franco

Publicado em 19/03/2025, às 16h38



As duas armas encontradas com os suspeitos de 20 e 27 anos, investigados pelo latrocínio do ciclista Vitor Medrado, foram enviadas para perícia. O objetivo, segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP) é identificar de qual delas partiu o disparo fatal.

O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, destacou que este é o próximo passo para esclarecer o crime. “Uma das armas foi apreendida com o primeiro suspeito em 8 de março. Hoje, o segundo foi preso em casa com outra arma”, afirmou em coletiva na sede do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), nesta quarta-feira (19). “Agora, vamos comparar os fragmentos do projétil recolhidos no local do crime para determinar de qual arma saiu o tiro.”

O crime

Vitor Medrado pedalava próximo a um parque no Itaim Bibi, na zona oeste, quando foi abordado por dois criminosos em uma moto, no dia 13 de fevereiro. O garupa atirou na vítima, roubou seu celular e fugiu. No mesmo dia, os criminosos tentaram assaltar um motociclista na mesma região. Ambos os ataques foram registrados por câmeras de segurança.

Investigação e prisões

A Polícia Civil iniciou a apuração imediatamente, analisando imagens de câmeras ao longo do trajeto dos suspeitos. A moto utilizada nos crimes foi rastreada até a comunidade de Paraisópolis, na zona sul. Com base em características físicas, cruzamento de dados e inteligência policial, os investigadores identificaram os dois envolvidos e conseguiram mandados de prisão contra eles.

Antes mesmo da operação para capturá-los, um dos suspeitos foi preso em 8 de março, logo após cometer um roubo no Brooklin. Ele portava uma arma com numeração raspada. Para evitar que o segundo suspeito fugisse, a polícia optou por não divulgar sua ligação com o latrocínio.

Na manhã desta quarta-feira (19), a Polícia Civil prendeu o segundo envolvido em sua casa, também em Paraisópolis, onde encontraram outra arma.

O papel da “Mainha do Crime”

Além dos dois suspeitos, a polícia também prendeu uma mulher conhecida como "Mainha do Crime", menos de uma semana após a morte de Vitor. Segundo as investigações, ela liderava uma quadrilha especializada em roubos e furtos e fornecia equipamentos para facilitar os crimes, como motos, capacetes, bolsas de entregadores, armas e placas falsas.

“O esquema que ela comandava dificultava a identificação dos criminosos e dos veículos usados nos crimes. Infelizmente, a facilidade de troca de placas favorece esses delitos", explicou o delegado Ronaldo Sayeg, diretor do Deic.

Combate ao roubo de celulares

Durante a coletiva, Derrite reforçou a importância das ações contra o roubo de celulares. Ele citou a terceira fase da Operação Big Mobile, que apreendeu mais de 25 mil aparelhos.

A prisão dos dois suspeitos pelo latrocínio de Vitor, segundo o secretário, demonstra o empenho da polícia em combater o crime e proteger a população. No entanto, ele destacou a necessidade de mudanças na legislação.

“Muitas vezes, prendemos o mesmo criminoso várias vezes. Ele cumpre um tempo na prisão e volta para as ruas para cometer os mesmos delitos. Isso precisa mudar”, afirmou.

Tanto a líder da quadrilha quanto um dos suspeitos do latrocínio que vitimou o ciclista Vitor Medrado já tinham passagens por porte ilegal de arma, tráfico de drogas, roubo e receptação.

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