Política

Motociclistas tomam a Avenida Paulista em protesto contra apps de entrega; confira

Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
Protesto contra serviços de entrega por app ocorreu durante a tarde desta segunda-feira (31)  |   BNews SP - Divulgação Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
Marcela Guimarães

por Marcela Guimarães

Publicado em 31/03/2025, às 18h50



Na tarde desta segunda-feira (31), centenas de motociclistas realizaram uma manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo, pela defesa de melhores condições de trabalho nos serviços de entrega por aplicativo.

Por volta de 12h, o grupo tomou as faixas da pista no sentido Consolação e bloqueou o tráfego que vai em direção ao túnel que leva à Avenida Doutor Arnaldo.

Durante a manhã, houve concentração de manifestantes em diversos pontos da cidade e da Grande São Paulo.

Um grupo exibiu uma faixa com críticas aos aplicativos de entrega e transporte, como iFood, Rappi, 99 e Uber em frente ao Estádio do Pacaembu, chamando-os de “parasitas” e denunciando-os como “promotores da escravidão moderna”, assim como em Osasco, onde fica a sede do aplicativo de delivery de comida.

No Itaim Bibi, moradores relataram dificuldades ao tentar fazer pedidos através dos aplicativos de entrega nesse período de protestos.

Resposta dos aplicativos

Através de nota oficial, a Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), que representa grande parte das empresas do setor de entregas por aplicativo, se pronunciou sobre o protesto.

A nota diz que suas associadas “atuam dentro de modelos de negócio que buscam equilibrar as demandas dos entregadores, que geram renda com os aplicativos e a situação econômica dos usuários, que buscam formas acessíveis para utilizar serviços de delivery”.

De acordo com a Amobitec, as empresas são favoráveis à regulação do trabalho realizado por meio de plataformas digitais com o objetivo de assegurar a segurança jurídica das atividades e garantir a proteção social dos trabalhadores.

“De acordo com o último levantamento do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), a renda média de um entregador do setor cresceu 5% acima da inflação entre 2023 e 2024, chegando a R$ 31,33 por hora trabalhada”, acrescentou.

Em resposta, o iFood se manifestou por meio de sua própria nota oficial; nela, declarou respeitar o direito à manifestação pacífica e se disponibilizou para conversar com os entregadores.

“Reforçamos que é importante respeitar o funcionamento dos estabelecimentos parceiros e garantir a livre circulação de funcionários e da população em geral, conforme previsto na Constituição”, destacou.

Ainda em nota, o iFood informou que está analisando a viabilidade de implementar um reajuste no valor pago por quilômetro percorrido ainda em 2025.

“Além disso, todos os entregadores parceiros do iFood têm acesso a um seguro pessoal gratuito para casos de acidentes durante os serviços de entrega, planos de saúde, programas de educação, além de apoio jurídico e psicológico para casos de discriminação, assédio ou agressão sofridos pelos profissionais de delivery”, finalizou a empresa.

Classificação Indicativa: Livre

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