Política
por Gabriella Franco
Publicado em 18/02/2025, às 09h11
No dia 18 de outubro de 2024, José Aprígio, então prefeito e candidato à reeleição em Taboão da Serra (SP), foi baleado com um tiro de fuzil no ombro esquerdo enquanto estava dentro de um carro, na Rodovia Régis Bittencourt.
A tentativa de homicídio aconteceu logo após o primeiro turno das eleições, no qual Aprígio, do Podemos, obteve 25,93% dos votos, enquanto seu adversário, Daniel Engenheiro (Republicanos), liderou com 48,98%.
No entanto, segundo novas informações da Agência Brasil, as investigações do Ministério Público e da Polícia Civil de Taboão da Serra concluíram que o atentado teria sido forjado. A conclusão veio da Operação Fato Oculto, deflagrada na última segunda-feira (17) para esclarecer o episódio.
A defesa de José Aprígio afirmou que o ex-prefeito teria ficado surpreso com o desdobramento das investigações. Até o momento, a Polícia Civil não tem conhecimento de provas de que o ex-prefeito soubesse da armação do atentado.
“[Aprígio] foi surpreendido na manhã de hoje com desdobramento das investigações envolvendo a tentativa de homicídio que sofrera durante as eleições municipais de 2024. José Aprígio é vítima, sofreu um tiro com armamento pesado em outubro de 2024 que, por sorte, não ceifou a sua vida”, declarou Allan Mohamed Melo Hassan, advogado do ex-prefeito, em nota à imprensa.
No ano passado, Aprígio acabou derrotado no segundo turno das eleições, recebendo 33,73% dos votos, contra 66,27% de seu adversário, Daniel Engenheiro.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), a Polícia Civil de Taboão da Serra atuou junto ao Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo, na Operação Fato Oculto.
Na manhã da última segunda (17), os agentes cumpriram dez mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão temporária. A SSP-SP informou que, até o momento, foram apreendidos celulares, computadores, dinheiro e armas, e um homem foi preso.
Ainda no ano passado, a Polícia Civil de Taboão da Serra prendeu Gilmar de Jesus Santos, suspeito de ser o atirador no atentado contra José Aprígio. Outro atirador e um comparsa seguem foragidos.
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