Política
por Gabriella Franco
Publicado em 17/03/2025, às 17h45
A Prefeitura de São Paulo entregou nesta segunda-feira (17) mais 22 caminhões de coleta de lixo movidos a energia limpa. A ação faz parte de esforço do governo de reduzir a emissão de gases poluentes na atmosfera, como o gás carbônico e o nitrogênio, provenientes do uso de óleo diesel.
Segundo a Prefeitura, 27 carretas movidas a biometano já haviam sido destinadas à limpeza da cidade em dezembro do ano passado. Agora, os novos compactadores são movidos a biometano e GNV, o que deve reduzir o consumo de 65 mil litros de óleo diesel por mês, evitando a emissão de 161 toneladas de gás carbônico e de 1,3 tonelada de óxidos de nitrogênio.
Os ônibus da cidade também tem sido gradualmente substituídos por veículos elétricos, assim como as viaturas da Polícia Municipal.
O prefeito Ricardo Nunes explicou que esses caminhões são abastecidos no próprio aterro para onde o lixo é levado. “Saem caminhões a diesel e entram caminhões movidos a biometano, um gás produzido nos nossos aterros de lixo. Com isso, a gente melhora o meio ambiente e a qualidade do ar, um compromisso da cidade de São Paulo com a sustentabilidade e com o meio ambiente”, destacou o prefeito.
Os novos veículos são da concessionária Ecourbis Ambiental, responsável pela coleta de resíduos de bairros de 19 das 32 subprefeituras, dentro do Agrupamento Sudeste, nas zonas Sul e Leste.
De acordo com a Prefeitura, a empresa vai acrescentar à frota mais 100 veículos desse tipo até outubro de 2025. Esses caminhões serão utilizados na coleta regular de resíduos comuns e recicláveis, além do transporte dos provenientes dos serviços de saúde.
A renovação da frota da Ecourbis soma-se à contribuição já realizada pela Loga, concessionária responsável pelo Agrupamento Noroeste. Em dezembro de 2024, a empresa incorporou 27 carretas movidas a biometano para o transporte de resíduos até sua destinação final.
A iniciativa está alinhada às diretrizes do Plano de Ação Climática do Município de São Paulo (PlanClima SP) e integra as novas exigências da Prefeitura na renovação dos contratos de concessão dos serviços de limpeza urbana, que são fiscalizados pela SP Regula.
O diretor-presidente da SP Regula reforçou a importância da transição para um serviço de limpeza urbana mais sustentável. “A frota será totalmente formada por veículos movidos à energia limpa e isso é muito significativo para cidade de São Paulo”, apontou.
A estimativa é que, por ano, 780 mil litros por ano deixem de ser consumidos, o que resultaria na redução de cerca de 2.059 toneladas de dióxido de carbono (CO2). Essa redução é equivalente à retirada de cerca de 430 veículos de passeio das ruas ou à redução da emissão de gases de efeito estufa equivalente à energia consumida por cerca de 1.100 residências por um ano.
“Toda essa administração está mergulhada na questão da descarbonização. E tem que continuar assim, porque é uma questão de saúde”, afirmou o secretário municipal de Mudanças Climáticas (SECLIMA), Renato Nalini.
Além dos novos caminhões, a Ecourbis apresentou os quadriciclos elétricos, uma alternativa para otimizar a coleta de resíduos em regiões de difícil acesso, por onde os caminhões não conseguem circular.
Segundo o prefeito Ricardo Nunes, cada caminhão movido a energia limpa representa um investimento de cerca de R$ 1,2 milhão de reais. Para ele, esse valor se reflete na qualidade que será oferecida não só à população, mas às pessoas que trabalham na coleta de lixo.
Lino de Sales Lopes, 44 anos, motorista da Ecourbis, recebeu a chave de um dos caminhões nesta segunda e elogiou a mudança. “É uma novidade muito importante para nós, motoristas, ter carros mais modernos e ecológicos. É muito mais tranquilo para trabalhar e mais confortável em tudo”, destacou.
A redução de 65 mil litros de óleo diesel por mês pode diminuir as emissões de gases de efeito estufa e poluentes atmosféricos nas seguintes proporções:
Classificação Indicativa: Livre