Política
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por Gabriella Franco
Publicado em 25/02/2025, às 10h55
Se iniciaram nesta segunda-feira (24) as obras de construção do maior centro brasileiro de pesquisa para aplicações da tecnologia nuclear, o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), na cidade de Iperó, interior de São Paulo.
Com um investimento de R$ 926 milhões até 2026, o projeto deve ajudar no desenvolvimento de melhores remédios para o tratamento de câncer, além de beneficiar o setor da agricultura, indústria e meio ambiente.
De acordo com a Agência Brasil, a previsão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) é de que a obra seja concluída em cinco anos, gerando cerca de mil empregos para os laboratórios e outros setores da unidade. O investimento total pode variar entre R$ 3 bilhões e R$ 6 bilhões.
O reator nuclear será utilizado para a pesquisa científica em diversas áreas do conhecimento.
Ele poderá, por exemplo, produzir radioisótopos — radioativos usados na fabricação de medicamentos — e radiar materiais para testes de danos por radiação.
A pesquisa na área dos medicamentos será aproveitada para suprir o Sistema Único de Saúde (SUS) e, futuramente, para a exportação.
[O RMB] vai garantir, por exemplo, a autossuficiência do nosso país na produção de radioisótopos, que são usados na fabricação de fármacos para tratamento do câncer. Vamos, assim, reduzir riscos de desabastecimento, diminuir custos e ter melhores condições para atender a população”, destacou a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luciana Santos, na cerimônia de início das obras, em Iperó.
O reator nuclear também poderá realizar testes com combustível do submarino nuclear brasileiro, que está sendo desenvolvido no Centro Industrial Nuclear de Aramar, da Marinha Brasileira, instalado também em Iperó, próximo ao RMB.
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