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Publicado em 01/03/2025, às 08h00 Os temas das canções foram desde o Manto Tupinambá até biografias de cantores - Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil Camila Lutfi
As escolas de samba do Grupo Especial do Carnaval de São Paulo apresentaram diversos sambas-enredo ao longo da madrugada da última sexta-feira (28) e deste sábado (1º), no sambódromo do Anhembi.
Entre as 14 atrações da noite, os temas das canções foram desde o Manto Tupinambá até as biografias de cantores como Cazuza e Benito di Paula e a história dos patuás.
As equipes ainda aguardam o resultado final das vencedoras dessa edição. Confira os temas de samba-enredo do Grupo Especial:
A escola retornou ao Grupo Especial em 2025 e apresentou o enredo “Afoxé Filhos de Gandhy, no ritmo da fé”. A letra celebra a fé, a resistência cultural e a celebração das raízes afro-brasileiras, além de ser uma homenagem ao afoxé Filhos de Gandhy, um dos blocos afro mais tradicionais do carnaval baiano.
“Os nove oruns de Iansã” foi o enredo da Barroca Zona Sul para o Carnaval 2025.
Segundo texto publicado nas redes sociais, a agremiação afirmou que abordariam a importante missão enquanto Orixá Iyabá, que é conduzir o espírito a partir do momento do seu desprendimento da matéria corporal, e guiá-lo a um dos seus nove céus sagrados.
Com o enredo “A vida é um sonho pintado em aquarela!”, a Dragões da Real mostrou o ciclo da vida a partir da música ‘Aquarela’.
A Mancha Verde falou sobre a fé do povo baiano com o enredo “Bahia, da Fé ao Profano”. O tema tem como inspiração a série documental de mesmo nome, produzida por Gastão Netto.
A intenção era mostrar o universo sagrado e as tradições religiosas típicas do sincretismo religioso baiano em convivência com as festas profanas da Bahia.
Eles levaram o enredo “Justiça – A Injustiça Num Lugar Qualquer É Uma Ameaça À Justiça Em Todo Lugar” para o Sambódromo do Anhembi em 2025. A frase que norteia o enredo é de Martin Luther King Jr., um dos ativistas mais importantes na luta pelos direitos civis dos negros.
“Rosas de Ouro em uma Grande Jogada” foi o enredo escolhido pela agremiação. A escola incluiu os temas da sorte, mistério, adrenalina, estratégia e muita diversão para o desfile deste ano.
Fazendo uma homenagem a um dos principais artistas brasileiros, a Camisa Verde e Branco apresentou o enredo “O tempo não para! Cazuza – o poeta vive!”, em formato de autobiografia musical.
Abrindo os desfiles do sábado (1º), a Águia de Ouro escolheu homenagear o cantor Benito Di Paula, com o enredo “Em Retalhos de cetim, a Águia de Ouro do jeito que a vida quer”.
Benito di Paula é um dos maiores cantores em vendagem de disco da história da MPB e este legado foi representado pela agremiação ao reviverem seus sucessos em forma de fantasias e alegorias.
Mostrando que não existe tempo para a literatura e que os sonhos são atemporais, a Império de Casa Verde conseguiu desconstruir os contos de fadas e outras histórias da literatura mundial com o enredo “Cantando Contos: Reinos da Literatura”.
“Quem não pode com mandinga não carrega patuá” foi o samba-enredo escolhido pela escola.
A Mocidade Alegre abordou os temas da fé e sorte, contando mais uma das muitas páginas do sincretismo religioso e das recriações dos povos africanos em meio à diáspora.
No texto de divulgação do enredo, a escola destacou que queriam "passar uma mensagem de fé e resistência contra o racismo e a intolerância religiosa”.
Primeiro enredo afro dos Gaviões da Fiel, a escola apresentou “Irin Ajó Emi Ojisé”, uma viagem pelas máscaras africanas.
O enredo busca respeitar os sentidos reais de cada uma das máscaras apresentadas, contextualizando-as a uma leitura fantástica e carnavalizada da história africana, desde a antiguidade até um futuro projetado pela liberdade poética do carnaval.
Com o enredo “Assojaba – A busca pelo manto”, a Tucuruvi prestou homenagem aos povos originários falando sobre o manto Assojaba, do povo Tupinambá.
Usado por aqueles que detêm a honra e o poder, o manto representa a força dos ancestrais indígenas que habitam cada brasileiro.
A escola celebrou a diversidade e a resistência da população LGBT+ com o enredo “Muito Além do Arco-Íris”.
A maior vencedora do carnaval de São Paulo, com 15 títulos conquistados, encerrou os desfiles do Grupo Especial prestando homenagem ao dramaturgo José Celso Martinez, conhecido como Zé Celso, fundador do Teatro Oficina, que faleceu no ano passado após um incêndio em seu apartamento.
Com o enredo “O Xamã Devorado y A Deglutição Bacante de Quem Ousou Sonhar Desordem”, a escola buscou exaltar a pluralidade e a efervescência cultural do Bixiga.
Qual enredo você mais gostou deste Carnaval?
- Colorado do Brás
- Barroca Zona Sul
- Dragões da Real
- Mancha Verde
- Acadêmicos do Tatuapé
- Rosas de Ouro
- Camisa Verde e Branco
- Águia de Ouro
- Império de Casa Verde
- Mocidade Alegre
- Gaviões da Fiel
- Acadêmicos do Tucuruvi
- Estrela do Terceiro Milênio
- Vai-Vai
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