Polícia
Publicado em 11/03/2025, às 13h49 Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil Isabela Fernandes
A partir desta terça-feira (11), as operações aéreas da Voepass, empresa formada pela união da Passaredo Transportes Aéreos e Map Linhas Aéreas, foram suspensas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
De acordo com a Anac, a medida, que é provisória, foi tomada devido a questões de segurança, já que a companhia não estava em conformidade com regulamentos relacionados aos seus sistemas de gestão.
A suspensão continuará até que a Voepass prove que corrigiu as falhas identificadas. Os passageiros afetados pelos cancelamentos de voos devem entrar em contato com a empresa ou com as agências de viagem responsáveis pela venda dos bilhetes para reembolso ou reacomodação.
Atualmente, a Voepass opera com seis aeronaves e realiza voos comerciais para 15 destinos, além de fretamentos em duas localidades. A decisão da Anac ocorreu após a empresa não conseguir resolver irregularidades apontadas durante fiscalizações, além de não cumprir exigências feitas anteriormente para garantir a segurança das operações.
A suspensão também ocorre em meio a um histórico de problemas envolvendo a companhia. Em 9 de agosto de 2024, um avião da Voepass caiu na cidade de Vinhedo, São Paulo, matando 62 pessoas.
Desde o acidente, a Anac intensificou a fiscalização sobre a empresa, com auditores verificando as condições de segurança nas bases de operação e manutenção.
Em outubro de 2024, a agência impôs medidas corretivas à Voepass, incluindo a redução de voos, maior tempo de manutenção das aeronaves, troca de administradores e a implementação de um plano de ação para corrigir as falhas.
No entanto, em fevereiro de 2025, novas auditorias mostraram que a eficiência do sistema de gestão da empresa havia se deteriorado, além de problemas anteriores terem se repetido e o plano de correção não ter sido eficaz.
De acordo com a Anac, essas falhas e a perda de confiança nos processos internos da Voepass levaram à decisão de suspender suas operações até que a companhia consiga garantir a segurança exigida pelos regulamentos.
O Ministério de Portos e Aeroportos, por sua vez, apoiou a decisão da Anac, ressaltando que a medida visa, de forma temporária, melhorar a governança da empresa e reforçar a segurança das operações aéreas no país.
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