Disparidade salarial entre homens e mulheres cresce em SP; saiba quanto

A diferença de salário de homens e mulheres aumentou 0,55% em São Paulo, revela o 3º Relatório de Transparência Social e divulgado pelo Governo Federal na última sexta-feira (11).

A pesquisa apurou 17.510 estabelecimentos da cidade e mostrou que a diferença salarial aumentou desde a última pesquisa, em setembro de 2024. No ano passado, homens recebiam 21,62% a mais que as mulheres. Hoje, a defasagem é de 22,17%.

De acordo com o relatório, a média salarial de mulheres em São Paulo é de R$ 4.516,92 contra R$ 5.803,67 dos homens. No Brasil, a disparidade ainda é alta: 20,87%, com um aumento de 0,18% desde o último relatório.

Confira o gráfico completo abaixo:

O fator racial também segue como um dos maiores problemas no diagnóstico nacional. Mulheres negras ganham, em média, R$ 2.864,39 enquanto mulheres não negras recebem R$ 4.661,06, ou seja, 38% a mais.

Em São Paulo, mulheres negras ganham, em média, R$ 3.191,33, e mulheres não negras recebem R$ 5.456,25. Uma diferença de 41,5%.

Quanto ao âmbito nacional, o relatório revela que as menores desigualdades salariais do país estão em Pernambuco (9,14%), Acre (9,86%), Distrito Federal (9,97%), Piauí (10,04%), Ceará (10,21%) e Alagoas (11,08%). Na outra ponta, estão os estados do Paraná (28,54%), Espírito Santo (28,53%), Santa Catarina (27,96%) e Rio de Janeiro (27,82%). Confira o grágico completo abaixo:

O 3º Relatório de Transparência Salarial também apontou que houve um crescimento de 18,2% na participação das mulheres negras no mercado de trabalho. O número passou de 3,2 milhões para 3,8 milhões de mulheres negras empregadas.

O relatório também aponta que as mulheres diretoras e gerentes recebem 73,2% do salário dos homens, enquanto as profissionais em ocupação de nível superior recebem 68,5% do salário deles. Já as trabalhadoras de serviços administrativos recebem 79,8% dos salários dos homens.

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