Polícia
Publicado em 17/04/2025, às 18h31 Foto: Secretaria da Segurança Pública Fernanda Decaris
Um crime brutal ocorrido em julho do ano passado, no bairro São Lucas, zona leste da capital paulista, revisitou o trabalho de uma das unidades mais especializadas da Polícia Civil de São Paulo: o Laboratório de Perfilamento Criminal do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).
A vítima, uma mulher de 35 anos, foi encontrada morta dentro de um carro. À época, não havia suspeitos nem testemunhas — o que tornou o caso ainda mais desafiador.
Com a ausência de pistas claras, os investigadores recorreram ao laboratório, que atua justamente em casos de alta complexidade, onde o perfil do criminoso pode ser a chave para desvendar o crime.
Como funciona o Laboratório de Perfilamento Criminal
Formado por uma equipe multidisciplinar, o laboratório combina técnicas de psicologia criminal, criminologia e análise comportamental. Seu principal objetivo é traçar um retrato detalhado da personalidade, motivações e padrão de comportamento do possível autor de um crime.
O processo começa com a análise minuciosa da cena do crime. No caso do assassinato na zona leste, os peritos estiveram no local desde o início. Eles coletaram evidências físicas e comporLaboratório pioneiro da Polícia Civil em São Paulo usa análise comportamental e vitimologia para traçar o perfil de assassinos e auxiliar na resolução de crimes complexos.
Além das evidências físicas, o laboratório também utiliza imagens de câmeras de segurança e outros registros que permitam observar ações e decisões do suspeito. No caso em questão, as imagens foram cruciais para identificar traços comportamentais — como a escolha do local, a postura do agressor e a tentativa de encobrir o crime.
Com todas as informações, especialistas elaboraram um perfil detalhado do possível autor. Em poucas horas, esse retrato psicológico foi utilizado para orientar os rumos da investigação e, inclusive, descartar um suspeito inicial que não correspondia ao comportamento esperado segundo os peritos.
Desde sua criação, há pouco mais de um ano, o laboratório já auxiliou em 11 investigações, identificando autores de crimes que pareciam não ter solução.
Seu diferencial está na forma como investiga: enquanto delegados, peritos e investigadores reconstroem o crime por meio de provas físicas e testemunhais, a equipe de perfilamento foca em algo mais subjetivo — as decisões do criminoso.
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