Polícia
Foto: Reprodução/Instagram/@vitor_medradomentoring
por Isabela Fernandes
Publicado em 20/03/2025, às 07h43
Na manhã da última quarta-feira (19), a Polícia Civil anunciou a prisão de mais um criminoso envolvido na morte do ciclista Vitor Medrado, de 46 anos, sendo ele o terceiro e último culpado a ser preso.
O caso, que chocou a cidade, aconteceu em 13 de fevereiro, em frente ao Parque do Povo, no bairro Itaim Bibi, Zona Oeste da capital paulista. Medrado foi abordado por dois assaltantes enquanto estava em sua bicicleta e, durante a tentativa de roubo, foi fatalmente baleado no pescoço.
O crime, cometido por volta das 6h, gerou grande repercussão devido à violência do ataque e à localização do incidente, uma área nobre da cidade.
O principal responsável pelo crime, identificado como Jeferson de Souza Jesus, de 28 anos, foi preso na manhã da última quarta-feira (19). Conhecido como “Gordo de Paraisópolis”, ele foi reconhecido como o piloto da moto que participou do assassinato de Medrado, e confessou sua participação, assim como a participação de Erick Benedito Verissimo, o atirador.
A moto utilizada para a abordagem foi rastreada pelas autoridades, o que levou à sua prisão na comunidade de Paraisópolis. Ele já possuía passagens pela polícia por tráfico de drogas e receptação.
Erick Verissimo, de 20 anos, é apontado como o responsável pelo tiro que matou Vitor, estando na garupa de Jeferson. Ele foi preso em flagrante no dia 8 de março, após realizar um assalto a uma idosa no Brooklin, zona sul.
Durante sua prisão, foi encontrada uma arma calibre .38, a mesma que, segundo o depoimento de Jeferson, foi utilizada para matar o ciclista. A arma passará por perícia.
Suedna Barbosa Carneiro, de 41 anos, também conhecida como “Mainha do Crime”, foi detida um mês antes da prisão dos dois. Ela, que estava em regime aberto desde o ano passado após ser presa em 2022 por receptação, era responsável por financiar a dupla e outros criminosos que realizavam assaltos semelhantes na cidade, utilizando motos e armamentos.
Suedna fornecia equipamentos como capacetes, motos e até placas falsas para facilitar a ação dos bandidos. Ela também comprava os aparelhos roubados das vítimas. Sua prisão ocorreu dentro da comunidade de Paraisópolis, onde foram encontrados documentos e armas que ajudaram a polícia a ligar Suedna ao crime contra Vitor Medrado.
“Os criminosos tinham o ímpeto de roubar, e ela fornecia toda a infraestrutura. Capacete, bolsas de entrega, motos e até placas de moto para facilitar a ação dos criminosos. E depois comprava os aparelhos. Ela era uma mola propulsora desse tipo de crime. É realmente uma facilitadora”, afirmou o delegado Augusto Sayeg durante coletiva de imprensa, realizada na quarta-feira (19).
A Secretaria de Segurança Publica (SSP) detalhou em coletiva que, após a prisão de Suedna, diversas evidências foram coletadas, o que levou à identificação de Jeferson e Erick como os responsáveis pela morte do ciclista.
No entanto, o motivo pelo qual a dupla agiu com tanta violência contra Medrado ainda não foi totalmente esclarecido. Os investigadores acreditam que os criminosos não conheciam a vítima e que a agressividade no ataque pode ter sido motivada por covardia.
Dessa forma, o assassinato de Vitor Medrado teve um desfecho, com a responsabilização dos criminosos pela morte do ciclista.
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