Polícia
por Marcela Guimarães
Publicado em 21/03/2025, às 11h02
Na última segunda-feira (17), Maicol Sales dos Santos, de 26 anos, confessou ter assassinado a jovem Vitória Regina de Souza, de 17, à Polícia Civil durante um interrogatório.
Os delegados responsáveis pelo caso dizem que “o crime está está esclarecido em relação à autoria e ao motivo”.
Fábio Lopes, um dos delegados, informou que, para Maicol chegar ao nível de confessar, teve que designar um advogado para participar do interrogatório.
“À noite, ele quis confessar o crime. Nesse impasse, os advogados dele foram embora”, disse Luiz Carlos, diretor da Polícia Civil na Grande São Paulo.
Por outro lado, a defesa de Maicol já não reconhece a legalidade da confissão dele. Segundo ela, o depoimento do principal envolvido no crime pode ter sido dado em razão de coação.
Também foi informado pela fonte que a própria defesa não ficou sabendo previamente que Maicol tinha interesse em se manifestar sobre o ocorrido. Um dos defensores ainda disse que “as circunstâncias da suposta confissão podem torná-la inválida”.
No dia em que confessou o crime, Maicol alegou ter tido um relacionamento amoroso com Vitória cerca de um ano e meio antes do crime. Segundo ele, a jovem ameaçava relatar sobre o “affair” à sua esposa e isso gerou conflito entre os dois.
No dia do crime, Maicol teria abordado Vitória no ponto de ônibus em que ela descia para ir para casa. Segundo ele, ela aceitou entrar no carro que ele dirigia — um Corolla já periciado pela Polícia — e, algum tempo depois, os dois começaram a discutir.
Nesse momento, Maicol disse que usou uma faca que levava no carro para esfaquear a jovem no tórax, pescoço e rosto. O laudo do IML aponta que a jovem morreu por uma hemorragia traumática.
Segundo Maicol, ele foi direto para casa depois disso, com o corpo de Vitória no porta-malas. No dia seguinte, cavou uma cova rasa em região de mata e enterrou o corpo despido da jovem.
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