Polícia
por Marcela Guimarães
Publicado em 31/03/2025, às 16h45
Maicol Sales dos Santos, único e principal suspeito de ter matado a adolescente Vitória Regina de Souza, foi indiciado por homicídio qualificado, sequestro e ocultação de cadáver.
O indiciamento de Maicol, que está preso, foi confirmado pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) nesta segunda-feira (31).
“A Polícia Civil indiciou o autor por homicídio qualificado em concurso com sequestro e ocultação de cadáver”, informa uma parte da nota.
Laudos complementares que averiguam se o sangue e os fios de cabelo encontrados no carro de Maicol são de Vitória ainda não foram entregues.
A reconstituição do crime está programada para acontecer em abril, mas a data oficial ainda não foi definida. Após o feito, o inquérito sobre o caso será concluído pela polícia e relatado à Justiça e ao Ministério Público (MP).
A defesa de Maicol afirmou que ele não participará da reconstituição do caso. A decisão foi tomada em razão do contestatamento feito envolvendo o interrogatório no qual o suspeito admitiu o crime.
Na noite do dia 17 de março, um registro foi feito durante o interrogatório de Maicol Sales dos Santos, principal suspeito pelo feminicídio de Vitória Regina de Souza, morta aos 17 anos.
Na gravação, o homem de 26 anos dá detalhes sobre a sua suposta relação com a adolescente. Segundo ele, Vitória teria começado a fazer ameaças envolvendo o seu casamento.
É possível ver Maicol com a cabeça baixa em diversos momentos do vídeo. Ele responde às perguntas do delegado Fábio Cenachi com a voz baixa.
Durante o interrogatório, Maicol diz que teria se relacionado com a vítima há aproximadamente um ano e meio. Na época, ele já era casado com a sua atual esposa.
De acordo com o suspeito, ele só teria “ficado” com Vitória uma única vez e sem haver relação sexual.
“Ela não pedia nada. Ela falava que ia contar para a minha esposa”, diz o interrogado. “Ela te ameaçava?”, questiona o delegado. Maicol afirma ao balançar a cabeça.
“Você se preocupava com isso?”, pergunta Fábio Cenachi. “Se eu me preocupava? Sim. Medo de perder minha esposa”, rebate Maicol.
O caso segue em investigação com a defesa buscando reverter a confissão feita sob alegada coação, enquanto a polícia afirma que os procedimentos foram conduzidos dentro da legalidade. A decisão sobre a perícia psiquiátrica e o impacto das alegações de coação ainda devem ser analisados pela Justiça.
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