Polícia
por Marcela Guimarães
Publicado em 25/03/2025, às 17h13
Na noite do dia 17 de março, um registro foi feito durante o interrogatório de Maicol Sales dos Santos, principal suspeito pelo feminicídio de Vitória Regina de Souza, morta aos 17 anos.
Na gravação, o homem de 26 anos dá detalhes sobre a sua suposta relação com a adolescente. Segundo ele, Vitória teria começado a fazer ameaças envolvendo o seu casamento.
É possível ver Maicol com a cabeça baixa em diversos momentos do vídeo. Ele responde às perguntas do delegado Fábio Cenachi com a voz baixa.
“Acabou, cara, resolveu esse problema”, diz a autoridade, tentando tranquilizar o suspeito. “O primeiro passo para você resolver é esse [a confissão]. Se você fosse esperar lá, e aí?”.
Durante o interrogatório, Maicol diz que teria se relacionado com a vítima há aproximadamente um ano e meio. Na época, ele já era casado com a sua atual esposa.
De acordo com o suspeito, ele só teria “ficado” com Vitória uma única vez e sem haver relação sexual.
“Ela não pedia nada. Ela falava que ia contar para a minha esposa”, diz o interrogado. “Ela te ameaçava?”, questiona o delegado. Maicol afirma ao balançar a cabeça.
“Você se preocupava com isso?”, pergunta Fábio Cenachi. “Se eu me preocupava? Sim. Medo de perder minha esposa”, rebate Maicol.
A Polícia Civil de Cajamar (SP) decidiu realizar a reconstituição da morte de Vitória Regina de Souza.
Através de nota oficial, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que “a Polícia Civil solicitou ao IML a reconstituição do crime para esclarecer todas as circunstâncias em que ele ocorreu”.
A pasta diz que o homem que assumiu o crime, Maicol Sales dos Santos, “segue preso temporariamente após confessar a autoria do homicídio e as investigações prosseguem pela Delegacia de Cajamar para a conclusão do inquérito policial”, informou. A SSP não divulgou uma data exata para fazer a reconstituição.
O caso segue em investigação com a defesa buscando reverter a confissão feita sob alegada coação, enquanto a polícia afirma que os procedimentos foram conduzidos dentro da legalidade. A decisão sobre a perícia psiquiátrica e o impacto das alegações de coação ainda devem ser analisados pela Justiça.
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