Polícia
por Marcela Guimarães
Publicado em 13/03/2025, às 17h47
A Justiça de São Paulo negou o sétimo pedido de liberdade para Fernando Sastre de Andrade Filho, motorista do caso do Porsche azul. A informação é da assessoria do Tribunal de Justiça (TJ).
O homem causou um acidente onde matou um homem e feriu gravemente outro em 31 de março de 2024, há aproximadamente um ano, na capital paulista.
Fernando, que é empresário, é réu em um processo que foi acusado de homicídio por dolo eventual (por ter assumido o risco de matar o motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana) e lesão corporal gravíssima (por ferir o amigo Marcus Vinicius Machado Rocha).
O Ministério Público (MP) acusa o empresário de beber e provocar um acidente de trânsito a mais de 100 km/h na Avenida Salim Farah Maluf, zona leste de São Paulo, sendo que o limite para a via é de 50 km/h.
Laudo do Instituto de Criminalística (IC) indicou que o Porsche azul bateu na traseira do Renault Sandero de Ornaldo a 136 km/h. A colisão também feriu gravemente o estudante de medicina Marcus, que estava no banco do passageiro do carro de luxo.
Testemunhas contaram que viram familiares de Fernando retirando bebidas alcoólicas do veículo logo após o acidente e antes da chegada da perícia.
Atualmente preso, Sastre responde pelos crimes e está detido preventivamente desde 6 de maio do último ano, há dez meses.
O homem aguarda na Penitenciária de Tremembé, no interior paulista, a data para ser julgado. A prisão preventiva não tem prazo, mas é uma medida para manter o infrator de trânsito detido até que ele possa ser levado a julgamento.
O júri será conduzido pelo juiz Roberto Zanichelli Cintra e ocorrerá no Fórum Criminal da Barra Funda, zona oeste de São Paulo.
O magistrado entendeu que há indícios de que o empresário é suspeito de ter cometido os crimes; sendo assim, por esses motivos, ele precisa ser levado a julgamento.
Ao lembrar de como o amigo ficou ferido, Fernando se emocionava. Entretanto, negou ter bebido ou corrido antes da colisão. Interrogado, Fernando tratou o acidente como uma “fatalidade”.
Pelo menos 17 testemunhas foram ouvidas anteriormente pela Justiça. De todas, dez são de acusação e sete de defesa.
A Justiça de São Paulo mandou a Polícia Civil abrir um inquérito sobre o caso do Porsche azul para averiguar se parentes do infrator cometeram crime de fraude processual, baseado no ato de modificar intencionalmente dados de um processo com o intuito de levar juiz ou perito a erro.
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