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Polícia prende suspeitos de tráfico de maconha líquida para vapes na Bahia e em São Paulo; confira

Suspeito chegou a ser presidente da Associação de Apoio ao Tratamento com Canabinoides (AATAMED) - Foto: Reprodução/Redes sociais
Empresário Vitor Lobo tem empresa autorizada pela Anvisa, mas para fins medicinais  |   BNews SP - Divulgação Suspeito chegou a ser presidente da Associação de Apoio ao Tratamento com Canabinoides (AATAMED) - Foto: Reprodução/Redes sociais
Marcela Guimarães

por Marcela Guimarães

Publicado em 10/03/2025, às 18h06



Um empresário identificado como Vitor Lobo foi preso na manhã desta segunda-feira (10) em Salvador (BA) em uma operação projetada para desvendar o esquema de uma organização criminosa focada na venda de maconha líquida.

O produto era vendido em São Paulo e na Bahia para ser usado em cigarros eletrônicos, conhecidos como vapes ou pods.

A Polícia Civil informou que outra pessoa envolvida no crime também foi presa na capital paulista, mas sem ter a identidade revelada.

Apuração da polícia destaca que Vitor tem uma empresa autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a comercializar maconha líquida para fins medicinais, ou seja, à saúde.

O esquema do preso ia contra o seu devido fim. Usado de forma ilegal, o produto passou a ser vendido como refil dos cigarros eletrônicos. Ele chegou a ser presidente da Associação de Apoio ao Tratamento com Canabinoides (AATAMED).

Vitor Lobo, empresário
(Foto: Reprodução/Redes sociais)

Pela associação, Vitor chegou a fazer parte de comissão que elabora as instruções técnicas referentes à Lei 9.663/2023, que autoriza a distribuição de cannabis medicinal no Sistema Único de Saúde (SUS) na capital da Bahia.

No total, 27 mandados de busca e apreensão foram realizados na Bahia, São Paulo e também no Paraná. Todo o material apreendido passará por perícia e os envolvidos ficarão à disposição da Justiça.

Publicamente, pessoas ligadas à comercialização da maconha para fins medicinais lamentaram o ocorrido, afirmando que enxergam a condenação do esquema criminoso como “ações que queimam a imagem de associações que tentam salvar vidas”.

Além da maconha líquida e os vapes, equipes do Departamento Especializado de Repressão ao Narcotráfico (Denarc) apreenderam outros materiais ilícitos, segundo a polícia.

Classificação Indicativa: Livre

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