Polícia

Penitenciária onde Collor está preso apresenta superlotação; saiba mais

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O ex-presidente, condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, está preso desde sexta-feira (25)  |   BNews SP - Divulgação Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Isabela Fernandes

por Isabela Fernandes

Publicado em 28/04/2025, às 12h19



A defesa do ex-presidente Fernando Collor de Mello solicitou, no sábado (6), ao Supremo Tribunal Federal (STF) a concessão de prisão domiciliar, alegando que o político enfrenta graves problemas de saúde.

Os advogados de Collor argumentam que ele sofre de Parkinson, apneia do sono grave e transtorno bipolar, condições que, segundo eles, justificariam a medida mais branda.

No entanto, o pedido feito gerou controvérsias, já que, durante a audiência de custódia, Collor contradisse seus próprios advogados ao afirmar que não sofria dessas doenças e que não fazia uso contínuo de medicamentos.

Diante dessa declaração, a defesa anexou um atestado médico ao processo, reforçando as alegações sobre as comorbidades do ex-presidente e apresentando a solicitação de prisão domiciliar mais uma vez.

Collor está preso desde a última sexta-feira (25), no presídio Baldomero Cavalcante de Oliveira, em Maceió, Alagoas, que enfrenta uma superlotação. O local, que tem capacidade para 892 detentos, abriga atualmente 1.321 presos.

Mas, devido ao seu status como ex-presidente, Collor está em uma ala especial do presídio, em celas diferenciadas, com suítes, de acordo com apuração da CNN.

O ex-presidente foi condenado a oito anos e dez meses de prisão, após ser considerado culpado por envolvimento em esquema de corrupção passiva e lavagem de dinheiro envolvendo a antiga BR Distribuidora, hoje chamada Vibra.

Ele foi acusado de receber R$ 20 milhões em propina de UTC Engenharia entre 2010 e 2014, favorecendo a empresa em troca de influência na BR Distribuidora, então uma empresa pública.

A prisão foi autorizada pelo STF após o ministro Alexandre de Moraes rejeitar os recursos apresentados pela defesa. A sentença também inclui o pagamento de uma indenização de R$ 20 milhões por danos morais e a proibição de Collor exercer funções públicas por quase 18 anos.

Agora, com a apresentação do atestado médico, a defesa espera que o STF reconsidere a solicitação de prisão domiciliar, com base nas alegações de que a saúde de Collor requer cuidados especiais.

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