Associação Paulista de Medicina se posiciona contra mototáxis em SP; entenda

Na última quarta-feira (12), a Associação Paulista de Medicina (APM) realizou um manifesto sobre a chegada de mototáxis em São Paulo. Alerta envolve os perigos nos acidentes de trânsito e de mortes acarretadas por esse problema.

Instituições conectadas às áreas de engenharia e transportes também se manifestaram contra a implementação no dia 30 de janeiro.

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Antonio José Gonçalves, presidente da APM, deixa claro que a associação não é a favor do serviço de mototáxis na capital. “Já acontecem, praticamente, dois acidentes fatais com os motociclistas por dia, número que com certeza aumentará com a popularização do serviço, fazendo com que duas pessoas (condutor e passageiro) corram risco de acidentes, ao invés de uma pessoa”.

Em 2024, o número de mortes envolvendo motociclistas na cidade subiu cerca de 20%, contabilizando 483 óbitos contra 403 em 2023. Além disso, as fatalidades com motos correspondem a 37% do total no trânsito pela cidade de São Paulo.

A nota lançada pela APM afirma que o serviço na cidade “representaria um grande risco para passageiros e motociclistas, além de possivelmente piorar a sobrecarga do sistema de Saúde, com o potencial aumento do número de acidentes advindos da popularização dessa opção de transporte”.

A Justiça determinou a suspensão imediata da implementação de mototáxis na cidade no dia 27 de janeiro. A decisão durará até o julgamento absoluto da ação movida pela Prefeitura contra as tentativas das empresas Uber e 99 de desrespeitar as leis pela exerção dessa atividade de maneira irregular e irresponsável na capital.

Assim, segundo a decisão da 7ª Câmara de Direito Público, segue em vigor o Decreto nº 62.144/2023, que proíbe o transporte remunerado de passageiros por motocicletas na cidade de São Paulo.

O Instituto de Engenharia, a Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), o Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo (SEESP) e a União Internacional de Transporte Público (UITP) também se posicionaram contra a chegada do serviço de transporte de passageiros em motos com uso de aplicativos.

Campanha da Prefeitura

A ideia serve para reforçar os alertas em relação aos riscos da liberação de mototáxis na cidade. O grande volume de tráfego e os tipos variados de veículos atrapalham o fluxo urbano nas ruas.

Para acelerar esse auxílio, a Prefeitura também vem ampliando cada vez mais a Faixa Azul, sinalização preferencial para motos que vem crescendo por toda São Paulo.