Polícia
por Marcela Guimarães
Publicado em 15/04/2025, às 17h19
Na manhã desta terça-feira (15), um adolescente de 15 anos foi apreendido em Guaianases, na zona leste de São Paulo, por transmitir ao vivo atos de tortura e maus-tratos aos animais, principalmente gatos, através da plataforma Discord.
De acordo com investigações da polícia, o criminoso torturava e matava animais para divertir os espectadores. Nas lives, os participantes também davam sugestões para as agressões.
Deflagrada na manhã desta terça (15), a Operação Discord segue sendo feita pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Limeira, no interior de São Paulo. A ação busca cumprir um mandado de prisão, um mandado de internação provisória e dois mandados de busca e apreensão.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que as investigações começaram após o Laboratório de Operações Cibernéticas ter recebido informações sobre uma comunidade dentro do Discord que praticava maus-tratos aos animais.
Segundo a polícia, além do crime em questão, o grupo também focava em ataques a escolas através de conversas pela plataforma.
Nesta terça-feira (15), a Polícia Civil do Rio de Janeiro iniciou a Operação Adolescência Segura em sete estados, incluindo São Paulo. O objetivo da operação é desmantelar uma das maiores facções criminosas do país envolvidas em crimes virtuais contra crianças e adolescentes.
Com o apoio do CyberLab da Secretaria Nacional de Segurança e do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), a Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV-RJ) executou dois mandados de prisão temporária, 20 mandados de busca e apreensão e sete mandados de internação provisória para adolescentes infratores.
Além de São Paulo, a operação está sendo realizada em Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
A rede criminosa atua em diversos crimes graves no ambiente virtual, como tentativa de homicídio, induzimento e instigação ao suicídio, incentivo à automutilação, armazenamento e divulgação de pornografia infantil, maus-tratos a animais e apologia ao nazismo.
Policiais apontaram que o grupo atuava de forma coordenada pela internet, utilizando plataformas criptografadas como Discord e Telegram; nesses canais, os integrantes promoviam disputas e desafios que incentivavam a prática de crimes de ódio, incluindo torturas.
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