Cão morre após banho na Cobasi de Praia Grande (SP); entenda o que aconteceu

O que era pra ser só mais um banho de rotina acabou em tragédia. Eros, um Spitz Alemão de 3 anos, morreu de hipertemia em uma unidade do pet shop Cobasi, na Praia Grande (SP), operada em parceria com a empresa Pet Anjo. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil como suspeita de maus-tratos a animais.

Segundo o tutor, Jefferson Alexandre, Eros entrou para o banho por volta das 17h e só foi entregue mais de duas horas depois — desfalecido nos braços do tosador, com a língua roxa e sem conseguir ficar em pé. A cena foi desesperadora.

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Na tentativa de salvar o animal, a veterinária da loja, Dra. Karla Vicentim, mediu a temperatura do cão e encontrou um valor assustador: 42,8 °C, muito acima do que o corpo de um cão pode suportar. Eros recebeu os primeiros socorros no local e foi levado às pressas para o Hospital BrasilVet, em Praia Grande.

Lá, os veterinários lutaram para estabilizá-lo. Ele chegou com sinais graves de falência múltipla dos órgãos, respiração acelerada, diarreia, lesões na pele e mucosas arroxeadas.

Durante a madrugada do dia 22 de março, Eros teve três convulsões e uma parada cardiorrespiratória. Mesmo com as tentativas de reanimação, não resistiu.

A família recusou a necropsia, mas reuniu laudos médicos, relatos e documentos do atendimento para formalizar a denúncia. O caso foi registrado como crime de maus-tratos (art. 32 da Lei de Crimes Ambientais). O tutor acusa não só falhas no protocolo de emergência, mas também omissão de socorro e conduta negligente do profissional responsável.

Além disso, Jefferson afirma que o funcionário manteve uma postura fria e indiferente diante da gravidade do caso, e que nem a Cobasi, nem a Pet Anjo se manifestaram ou prestaram qualquer apoio após a morte de Eros.

Nas redes sociais, os tutores pedem justiça: “Eros era puro amor e alegria, e foi arrancado de nós de forma brutal. Sua morte não pode ser em vão”

A Delegacia Seccional de Santos segue à frente da investigação. Novas perícias e depoimentos podem ser solicitados. Por enquanto, ninguém foi formalmente responsabilizado.