Polícia
por Gabriella Franco
Publicado em 06/03/2025, às 19h22
Ao menos seis pessoas estão sendo investigadas pelo assassinato de Vitória Regina de Souza, encontrada morta com sinais de tortura em Cajamar (SP) na última quarta-feira (5).
A informação foi confirmada pelo delegado responsável pelo caso, Aldo Galiano, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (6).
Um dos investigados seria o ex-namorado de Vitória, Gustavo Vinícius, de 26 anos. De acordo com o delegado, Gustavo se apresentou espontaneamente na delegacia para prestar depoimento.
Vitória e Gustavo haviam se separado há menos de um mês. O namoro, que durou quatro meses, era reprovado pela família da jovem. No dia do crime, o pai de Vitória chegou a enviar mensagens a Gustavo pedindo ajuda para localizar a menina, mas ele não respondeu.
Segundo Galiano, o depoimento de Gustavo apresentou contradições, e a polícia obteve provas contundentes de que ele estaria próximo ao local do crime no horário do desaparecimento de Vitória.
“Estamos com uma tese de que ela estava sendo seguida desde o momento em que saiu do trabalho, no shopping de Cajamar,” afirmou Galiano.
No entanto, a prisão preventiva de Gustavo foi indeferida pelo juíz.
Vitória Regina de Souza, de 17 anos, pegava dois ônibus para voltar do lugar onde trabalhava — um shopping de Cajamar — a sua casa, no bairro do Ponunduva, região de mata.
No dia 26 de fevereiro, a jovem envia mensagens à amiga dizendo que dois homens em um carro abordaram ela durante seu trajeto ao primeiro ponto de ônibus, dizendo "Tá voltando, vida?".
Mais tarde, ao pegar o ônibus, Vitória envia outra mensagem dizendo estar com medo de dois homens no ônibus. No entanto, ela desce sozinha no ponto e assegura a amiga de que está tudo bem.
Depois de uma semana do desaparecimento da jovem, seu corpo foi encontrado em uma área de mata, com sinais de agressão e decapitação. Segundo o delegado, o corpo de Vitória estava em estado de decomposição há pelo menos quatro dias.
O delegado afirma que não se trata de um crime passional, mas sim de uma vingança, devido ao estado em que o corpo foi encontrado.
“Dentro do PCC, eles chamam de 'talarica' a mulher que trai alguém da facção. E a raspagem do cabelo é característica para enviar uma mensagem. O segundo sinal é que, há quatro meses, nós prendemos um integrante do PCC próximo ao local onde a vítima mora.”
As outras pessoas sendo investigadas pelo crime são: o atual ficante de Vitória, os dois homens que estavam junto a ela no ônibus e dois homens que a seguiram com um carro antes de seu desaparecimento. De acordo com o delegado, todos os seis homens se conhecem.
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