Maior químico de metanfetamina de SP é condenado; veja quem é o 'Fantasma'

O engenheiro químico mexicano Guillermo Fabian Martinez Ortiz, mais conhecido como “Fantasma”, foi condenado pela Justiça de São Paulo a cinco anos de prisão em regime fechado.

Fantasma é apontado pela Polícia Civil como o maior produtor de metanfetamina da capital paulista, uma droga sintética popularmente chamada de "cristal" ou "gelo".

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A polícia também desconfia que ele seja um dos motivos da queda do valor da droga, que antes podia chegar a R$ 600, mas hoje é encontrado por R$ 70. De acordo com investigações, ele produzia metanfetamina com qualidade alta e valor baixo.

A prisão de Fantasma, de 40 anos, aconteceu em 17 de janeiro deste ano, quando ele foi detido em um hotel no centro da cidade, durante a Operação Heisenberg, uma ação policial focada no desmantelamento de um grupo internacional de narcotraficantes que comercializa metanfetamina.

Ele já havia sido preso em 2022 com 12,5 gramas de metanfetamina em um motel, mas pode responder em liberdade.

A droga sintética tem ganhado notoriedade no mercado ilegal, com apreensões crescendo significativamente entre 2023 e 2024, embora ainda represente um mercado menor se comparado a substâncias como maconha e cocaína. O efeito da metanfetamina dura horas e é muito usada em moteis e hoteis.

Quando foi preso em janeiro, Fantasma estava acompanhado de um comparsa brasileiro, e ambos foram flagrados por tráfico de drogas por agentes do Departamento de Narcóticos (Denarc).

Durante o processo, a defesa do engenheiro mexicano contestou as acusações, argumentando que não havia evidências concretas que o ligassem ao crime. Fantasma, por sua vez, negou ser traficante, alegando que foi vítima de uma armação por parte de policiais corruptos do 77º Distrito Policial de São Paulo.

Em decorrência da declaração de Fantasma, uma investigação interna foi aberta pela Polícia Civil, resultando no afastamento de três agentes e uma delegada, acusados de envolvimento no suposto esquema de corrupção.