Política
Publicado em 20/03/2025, às 18h01 Redação
O Ministério Público de São Paulo denunciou, nesta quarta-feira (19), a ex-deputada estadual Clélia Gomes e um advogado sob suspeita de envolvimento em um esquema de repasse irregular de salários de assessores, prática conhecida como "rachadinha". Além disso, os denunciados também são acusados de omitir informações sobre doações à Justiça Eleitoral.
A investigação conduzida pelo promotor de Justiça Cleber Masson aponta que, durante o mandato de Clélia entre 2015 e 2018, valores foram desviados dos salários de três assessores comissionados lotados no gabinete da parlamentar, além de dois servidores efetivos.
Segundo a denúncia, esses servidores efetivos recebiam remuneração dos cofres públicos, mas exerciam atividades particulares no escritório de advocacia do co-denunciado.
Ainda de acordo com o Ministério Público, o advogado, que ocupava a liderança do partido ao qual Clélia era filiada, realizou doações para a campanha eleitoral da ex-deputada, mas tais valores não foram registrados na prestação de contas oficial.
A denúncia aponta que os recursos supostamente desviados teriam sido utilizados para cobrir despesas pessoais de Clélia, como aluguel de imóveis e custos relacionados ao seu escritório político. Em um dos casos citados na investigação, uma assessora teria repassado mensalmente R$ 11 mil dos R$ 16 mil que recebia de salário.
O levantamento também identificou movimentações financeiras que sugerem o recebimento de repasses por meio de empresas registradas em nome de servidores.
O caso segue em análise pela Justiça. A defesa dos denunciados ainda não se manifestou publicamente sobre as acusações da "rachadinha".
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