Política

Governo de SP inicia retirada de famílias da Favela do Moinho; entenda o plano

Foto: Divulgação/Governo do Estado de São Paulo
Operação prevê moradias dignas, requalificação urbana e combate ao crime em uma das áreas mais vulneráveis do centro de São Paulo  |   BNews SP - Divulgação Foto: Divulgação/Governo do Estado de São Paulo
Fernanda Decaris

por Fernanda Decaris

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Publicado em 23/04/2025, às 17h51



O Governo de São Paulo deu início, na última terça-feira (22), ao reassentamento das famílias da Favela do Moinho, localizada na região central da capital.

A operação marca a primeira etapa de um amplo projeto habitacional e social, iniciado após um ano de planejamento e diálogo com a comunidade. Neste primeiro dia, 10 famílias foram transferidas para novas moradias, mostra a Agência SP.

Situada entre linhas de trem, a Favela do Moinho enfrenta graves condições de vulnerabilidade, com riscos constantes de incêndios e acidentes, agravados pela fiação exposta, alta densidade e acesso limitado. Dois incêndios de grandes proporções já deixaram mortos e centenas de desabrigados na última década.

Famílias receberam unidades habitacionais

Com adesão voluntária de 87% das 821 famílias da comunidade, o projeto foi estruturado a partir de 13 reuniões com moradores, Defensoria Pública, Prefeitura, CDHU e lideranças locais. Até o momento, 558 famílias estão aptas a receber as chaves de suas novas casas, sendo que 496 já escolheram os imóveis e iniciaram o processo para obter o auxílio-moradia.

Mais de 1,5 mil unidades habitacionais foram disponibilizadas, principalmente no centro da cidade, em bairros como Brás, Barra Funda e Campos Elíseos, além de outras regiões como Jaraguá, Ipiranga e Vila Matilde.

As moradias contam com financiamento acessível, comprometendo no máximo 20% da renda familiar. Famílias com renda de um salário mínimo recebem até 70% de subsídio.

Área da favela deve se transformar em parque

A área onde está localizada a favela será transformada no Parque do Moinho, com o objetivo de requalificar o espaço urbano e evitar novas ocupações irregulares. O plano também tem impacto na segurança pública, uma vez que a região era usada por facções criminosas como ponto estratégico para o tráfico de drogas.

A operação inclui ainda ações sociais, empregabilidade e apoio ao empreendedorismo, com atendimento a centenas de moradores por meio de cadastros em programas sociais, vagas de emprego e mentorias para pequenos negócios.

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