Política
Foto: DivulgaçãoPublicado em 15/04/2025, às 16h43 Fernanda Decaris
Em assembleia realizada nesta terça-feira (15), em frente à sede da Prefeitura de São Paulo, professores da rede municipal aprovaram uma greve pelo reajuste salarial da categoria. Anteriormente, a mobilização está marcada para 25 de abril, mesma data prevista para o início da greve dos professores da rede estadual.
A negociação também cobra o prefeito Ricardo Nunes (MDB) pelo fim dos descontos aplicados a aposentados e a melhoria das condições de trabalho. Os servidores são contrários ao reajuste proposto pela gestão Nunes à Câmara Municipal, de 2,60% neste ano e 2,55% no próximo ano.
A Coordenação das Entidades Sindicais Específicas da Educação Municipal (Coeduc) foi responsável pela Assembleia desta terça. Na próxima quarta-feira, 16, está previsto outro ato organizado pelo Fórum das Entidades, que reúne servidores de outras áreas que também buscam reajuste salarial de 12,9% e pela suspensão dos descontos de 14% aplicados aos proventos de aposentados e pensionistas.
Os servidores buscam aumentar a pressão sobre o prefeito Nunes, a fim de bloquear a aprovação do projeto de sua autoria na Câmara Municipal. Antes de ser levado à votação no plenário, o projeto ainda precisa passar pela análise da Comissão de Constituição, Justiça e Legislação Participativa (CCJ).
Na representação, os parlamentares também solicitam a apuração de possível assédio moral por parte da gestão municipal e reforçam a necessidade de garantir aos servidores o direito constitucional de greve.
Este é o segundo grande ato organizado pelos servidores em 2025, o primeiro foi em 2 de abril. Na ocasião, declarações do prefeito sobre possíveis sanções aos grevistas levaram o PSOL a recorrer ao Ministério Público do Trabalho e ao Geduc (Grupo de Atuação Especial de Educação) em busca de providências.
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