Política
Motoristas e funcionários da garagem da Viação Sambaíba, empresa gerida pela SPTrans na Zona Norte de São Paulo, paralisaram 39 linhas de ônibus após o atraso do pagamento de horas extras.
A greve aconteceu nesta segunda-feira de manhã (28). Veículos deveriam começar a circular por volta das 3h50, mas não saíram da garagem. Segundo a Secretaria de Mobilidade Urbana e Transporte (SMT) e a SPTrans, a frota foi normalizada e liberada a partir das 5h45.
A paralisação causou longas filas e pontos lotados em vários bairros da região. No terminal do Metrô Santana, passageiros registraram enormes filas à espera dos ônibus da Sambaíba.
Em nota, a SPTrans declarou que deve registrar um boletim de ocorrência contra a Sambaíba:
“É lamentável que a população seja prejudicada, sem a prestação de serviço essencial, e sem qualquer aviso. Os ônibus alocados nesta garagem, localizada na Rua Maria Amália Lopes de Azevedo, atendem 39 linhas de ônibus que operam na região Norte da cidade”, disse a secretaria.
Já Sambaíba, companhia responsável pela frota, revelou em nota que foi pega de surpresa com a paralisação, mas não citou o atraso do pagamento reivindicado pelos motoristas. A informação foi apurada pelo g1.
"Fomos surpreendidos com a situação que ocorreu nesta manhã e afirmamos que este movimento foi uma ação unilateral de um dos diretores do sindicato, Antonio Barbosa de Jesus (Xarope), sem envolvimento direto do Sindicato dos Trabalhadores", afirmou.
Acrescentou ainda que as "atividades já estão normalizadas, mantendo o nosso compromisso com os clientes e com a cidade de São Paulo na prestação dos nossos serviços, sempre com atenção, excelência e segurança".
Segundo o comunicado da SPTrans, a concessionária Sambaíba será autuada pela interrupção da saída de ônibus em uma de suas garagens.
Leia mais: Entenda por que SP não pagou os ônibus elétricos entregues pela Mercedes-Benz
A cidade de São Paulo sofre com a falta de frotas de ônibus na capital. Na última quinta-feira (23), a Prefeitura de São Paulo revelou que tem cerca de 175 ônibus elétricos produzidos entre agosto de 2024 e fevereiro de 2025 fora de circulação. Os veículos foram entregues pela montadora Mercedes-Benz.
A razão seria a falta de infraestrutura para o carregamento dos veículos nas garagens, o que impede a circulação dos ônibus. Em nota, a prefeitura da capital paulista alega que a infraestrutura é de responsabilidade da Enel Distribuição São Paulo.
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