Polícia
por Isabela Fernandes
Publicado em 07/04/2025, às 12h13
Na tarde do último sábado (6), um sniper foi visto no terraço de um prédio durante a manifestação a favor da anistia para os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 aconteceu na Avenida Paulista, em São Paulo.
O protesto, que contou com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro e de vários aliados políticos, além da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que discursou no evento, gerou grande repercussão após a fotografia de um atirador de elite circular nas redes.
O sniper estava vestido com roupa camuflada, usando uma balaclava e portando uma arma de grosso calibre. Além disso, ele exibia um brazão no braço direito, semelhante ao utilizado por policiais de elite em São Paulo e no Rio de Janeiro.
O ato também ficou marcado pela fala de Michelle Bolsonaro, que pediu aos presentes que levantassem batons em apoio à cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, uma das pessoas envolvidas nos ataques de janeiro e que está em prisão domiciliar. Débora foi responsável por usar um batom para pichar a estátua da Justiça em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), durante os tumultos.
O apoio à anistia foi expressado por boa parte dos manifestantes, mas uma pesquisa divulgada mostra que a maioria dos brasileiros rejeita essa ideia. Segundo levantamento da Genial/Quaest, 56% da população acredita que os envolvidos nos ataques devem continuar presos, enquanto apenas 18% defendem que eles sejam libertados por considerarem que nunca deveriam ter sido detidos.
Não se sabe ao certo quantas pessoas participaram do protesto, uma vez que os organizadores afirmam que 400 mil pessoas participaram da manifestação enquanto uma análise feita pelo Monitor do Debate Político do CEBRAP, em parceria com a ONG More in Common, apontou um número bem mais baixo: 44,9 mil participantes.
Esse número foi calculado a partir de imagens aéreas captadas por drones e analisadas por software de inteligência artificial. Esse método, embora preciso, apresenta uma margem de erro de até 12%, o que pode gerar variações nos números.
Além disso, a presença do sniper levanta questionamentos sobre a presença de forças de segurança durante o evento, que não contou com informações claras sobre a identidade do atirador.
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